Nesta semana venho focando bastante minha atenção para assuntos relacionados à obesidade, um dos pontos que me chamou muita a atenção é o impacto que a estigmatização desse quadro tem na vida dos brasileiros que sofrem dessa condição. Para além da saúde física e nutricional, as pessoas que sofrem de obesidade enfrentam diariamente diversos preconceitos. Ao contrário do que muitos dizem, a obesidade não é apenas uma questão de força de vontade ou preguiça, mas sim um distúrbio médico influenciado por uma variedade de fatores genéticos, metabólicos, sociais e, principalmente, psicológicos.
Nesse sentido, sempre explico para às mulheres que me procuram no consultório que é preciso romper com alguns paradigmas antes de entrarmos em dietas ou estratégias milagrosas e arriscadas para reverter essa condição. Os estereótipos e preconceitos associados à obesidade podem ter sérias consequências para a saúde mental e física dos pacientes, incluindo baixa autoestima, isolamento social, ansiedade e até depressão. Além disso, o julgamento baseado no peso pode dificultar o acesso de muitas pessoas a cuidados de saúde adequados e até levar a disparidades no tratamento médico. É uma série de desafios que precisa do olhar de toda a sociedade.
Desafios no combate à obesidade
Meu papel como profissional da saúde, é reconhecer as dificuldades e fortalecer os pacientes para lidar com essa condição. É preciso reforçar que um dos principais desafios no combate à obesidade é a mudança de comportamento em relação à alimentação e ao estilo de vida como um todo. Criar estratégias individualizadas que incluam não apenas um plano alimentar equilibrado, mas também o acompanhamento contínuo do paciente de forma multidisciplinar, com psicólogos, endocrinologistas, educadores físicos, entre outros, é fundamental.
Por isso, convido a todos os pacientes e profissionais da saúde a pensarem sobre o tema. Meu desafio, como nutricionista, é trabalhar contra todos os estereótipos prejudiciais associados à obesidade, promovendo uma abordagem mais compassiva e centrada no paciente, imprescindível para a criação de ambientes seguros e inclusivos, onde os pacientes se sintam respeitados, ouvidos e valorizados, independentemente de seu tamanho ou forma corporal. Defendo sempre que reconhecer a diversidade de experiências e realidades dentro da comunidade para promover a aceitação, a compaixão e a equidade em todas as áreas da vida é um trabalho que vai muito além de dietas e nutrientes. Agora convido todos vocês, leitores, a fazerem parte desse movimento. Qual o desafio de vocês nessa data?