No dia 14 de novembro, celebramos o Dia Mundial de Combate ao Diabetes, uma data para discutir não apenas o consumo de alimentos, mas também a qualidade de vida e as diversas nuances desta condição. Sempre destaco que minha prioridade, ao lidar com um paciente com alguma patologia, é perguntar o que ele sabe sobre a condição. Quando tratamos do diabetes, o tema torna-se ainda mais sensível. Não é raro ver pacientes chegando bastante desanimados, como se tivessem recebido uma sentença de restrição vitalícia. Muitos acreditam que nunca mais terão prazer em comer e que estão condenados a seguir uma dieta intensa e meticulosa. No entanto, isso é apenas um equívoco.
Mitos sobre alimentação
Explico: No que se refere à alimentação, quando falamos de diabetes, há muitos mitos circulando. O primeiro ponto a ser esclarecido é que não existe um plano alimentar único para tratar essa condição, mas sim uma combinação equilibrada de estratégias que permitirão uma vida normal e prazerosa. Em minhas orientações, sempre levo em consideração os princípios do Guia Alimentar da População Brasileira, que oferece recomendações valiosas, como o aumento do consumo de alimentos naturais e a redução do consumo de alimentos ultraprocessados. Não é raro ver pacientes chegando bastante desanimados, como se tivessem recebido uma sentença de restrição vitalícia. Muitos acreditam que nunca mais terão prazer em comer e que estão condenados a seguir uma dieta intensa e meticulosa. No entanto, isso é apenas um equívoco.”Simone Dias, Nutricionista
Além disso, defendo a ideia de que não é necessário excluir nenhum grupo alimentar. Tanto carboidratos quanto gorduras são frequentemente considerados vilões para pessoas com diabetes, mas retirá-los completamente da alimentação diária não é recomendado. Outro ponto que enfatizo é manter as refeições em sincronia com os horários dos medicamentos, pois a insulina não age simultaneamente à absorção de alguns carboidratos simples, como arroz, batata e macarrão. Esses carboidratos, quando ingeridos, são transformados em glicose pelo organismo.
É importante lembrar que, para um controle glicêmico adequado, é necessário observar toda a rotina de vida do paciente, indo além da alimentação. Ter um acompanhamento multidisciplinar e considerar outros fatores que influenciam nas variações da glicemia ao longo do dia e que são fundamentais para o bem-estar. Permanecer atento à qualidade do sono, ao controle do estresse, à prática de atividades físicas e realizar um acompanhamento médico focado nas variações hormonais também são essenciais ao tratar o diabetes.
