O comércio do Distrito Federal entra em clima de otimismo com a chegada do Dia dos Namorados. Segundo levantamento do Instituto Fecomércio-DF, a expectativa de vendas cresceu 12,7% em relação ao ano passado. Ao todo, 60,2% dos lojistas acreditam que terão resultados melhores, enquanto 29,1% preveem estabilidade e apenas 10,7% esperam queda.
Entre os setores mais impactados, os lojistas estimam um crescimento médio de 21,7% nas vendas. O otimismo se apoia principalmente no apelo emocional da data (34,7%), nas ações promocionais (22,3%), na variedade (18,9%) e na qualidade dos produtos (16,1%).
Por outro lado, entre os comerciantes que preveem retração, os principais obstáculos são a instabilidade econômica (71,4%) e os preços elevados (28,6%).
Do ponto de vista do consumidor, a intenção de presentear permanece forte: 65,6% afirmaram que vão às compras para a data. O valor médio por presente ficou em R$ 242,02, uma pequena redução de 3,7% em relação ao ticket médio registrado em 2024.
Otimismo no comércio
Para o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, o cenário é reflexo de fatores positivos na economia local. “Esse otimismo pode estar ligado ao momento econômico do Distrito Federal, que permanece com melhor nível de emprego e renda do que o mesmo período do ano passado. Outro fator que impacta esse cenário é a queda na inadimplência no DF”, avalia.
Na lista dos itens mais procurados, cosméticos e perfumes lideram (23,3%), seguidos por roupas e acessórios (21,8%) e calçados (15,6%). Juntos, esses segmentos concentram mais de 60% das intenções de compra.
Quando o assunto é pagamento, o cartão de crédito segue como preferência, apontado por 52,5% dos consumidores. Pix ou transferência bancária vêm logo atrás, com 27,5%, enquanto débito (14,5%) e dinheiro (5,5%) completam a lista. Para os lojistas, o crédito também se destaca, sendo considerado o principal meio de transação por 81,2% deles.
Onde e quando comprar
As lojas de rua ou de bairro aparecem como o canal favorito de compras, escolhidas por 48% dos entrevistados. Na sequência, vêm os estabelecimentos em shoppings (32%) e o comércio online (9,5%). O turno da tarde é o preferido para as compras, mencionado por 54,3% dos consumidores, enquanto o sábado desponta como o dia ideal, com 34,9% das intenções.
Entre os 34,4% que não devem presentear, os principais motivos são não ter alguém a quem presentear (59,1%) e dificuldades financeiras (17,1%).
As estratégias comerciais também ganham força nesta temporada: 81,9% dos lojistas pretendem adotar ações para impulsionar as vendas, como promoções (24,2%), propagandas (19,8%) e maior diversidade de produtos (13,4%). A vitrine temática (10,5%) e o atendimento especializado (9,1%) também aparecem entre as iniciativas.
Estoque e preços
Em relação aos preços, a maioria dos comerciantes (76,4%) informou que manterá os valores do ano passado. Dos que preveem aumentos (18,1%), as justificativas são o repasse de custos dos fornecedores (42,9%) e o aumento de impostos (32,1%). Apenas 5,5% pretendem reduzir os preços, principalmente para atrair mais consumidores.
Já quanto ao estoque, 51,1% dos lojistas decidiram manter o mesmo volume, enquanto 44,1% ampliaram a oferta, esperando um movimento maior. Apenas 4,8% optaram por reduzir as mercadorias.
A pesquisa, realizada entre 5 e 14 de maio de 2025, entrevistou 305 consumidores em diferentes pontos do DF e 309 empresários de diversos segmentos e regiões, traçando um panorama detalhado das expectativas para uma das datas mais importantes do varejo.