A conta de luz vai pesar mais no bolso a partir de junho. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou, na sexta-feira (30), que a bandeira tarifária será vermelha, no patamar 1, com acréscimo de R$ 4,463 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. O motivo é a redução das chuvas e o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, o que obriga o sistema elétrico a acionar usinas termelétricas, que são mais caras e poluentes.
Se as condições não melhorarem, podemos ter bandeiras entre amarelo e vermelho até o fim do ano”Sandoval Feitosa, diretor-geral da Aneel
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias indica, de forma simples, o custo de geração de energia no país. Quando a bandeira é verde, não há acréscimo na conta. Na amarela, o custo adicional é de R$ 1,885 a cada 100 kWh. Já na vermelha, o valor sobe para R$ 4,463 no patamar 1 e R$ 7,877 no patamar 2.
Cenário desafiador
Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), as chuvas ficaram abaixo da média em maio e não há previsão de melhora no curto prazo. O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, alertou que o armazenamento nos reservatórios está em 71%, abaixo dos 75% registrados no mesmo período do ano passado. Ele também não descarta a possibilidade de as bandeiras tarifárias permanecerem entre os patamares amarelo e vermelho até o fim do ano, caso o quadro climático não melhore.
“Se as condições não melhorarem, podemos ter bandeiras entre amarelo e vermelho até o fim do ano”, reforçou Feitosa.
Dicas para reduzir a conta de luz
Com o aumento no valor da tarifa, o uso consciente da energia elétrica se torna ainda mais necessário. A Aneel e especialistas reforçam algumas dicas simples que podem fazer a diferença no final do mês:
🔹 Desligar aparelhos da tomada quando não estiverem em uso;
🔹 Usar lâmpadas de LED;
🔹 Evitar abrir e fechar a geladeira com frequência;
🔹 Aproveitar a luz natural durante o dia;
🔹 Reduzir o tempo de banho no chuveiro elétrico;
🔹 Lavar roupas com a máquina cheia e menos ciclos.
Mesmo com o impacto no bolso, a Aneel reforça que o sistema de bandeiras ajuda a manter o equilíbrio financeiro do setor elétrico e evita aumentos ainda maiores no futuro.
Agora, o jeito é economizar — e torcer para que o céu volte a colaborar com mais chuva e energia mais barata.
