“Pode até tentar blindar, mas não vão conseguir. Sabe por quê? Porque o meu telefone é aberto. Eu atendo as pessoas direto. Saio daqui, do carro para a Câmara, vou responder tudo que está aqui. Tudo.” A frase é do deputado distrital Pedro Paulo, o Pepa, que concedeu entrevista exclusiva para a coluna Nos Bastidores da Capital e deixou claro seu estilo: pé no chão, celular na mão e ouvidos atentos à base.
Pepa se define como um trabalhador, não como um tubarão, embora seja considerado um dos nomes fortes da política brasiliense. Em meio às discussões sobre a fusão PP-União e a próxima eleição, o deputado defende que mesmo os candidatos com menos votos não ficarão “desabrigados”: “Celina é fiel, tem um estilo de trabalho parecido com o do ex-governador Roriz. Quem não for eleito vai ter espaço, porque a política é para somar.”
Para Pepa, a candidata natural ao Buriti é Celina Leão, enquanto o governador Ibaneis Rocha deve disputar uma vaga ao Senado. A federação PP-União, na visão dele, vem forte para fazer de quatro a cinco distritais e um federal. “O eleitor está entendendo o projeto, que é coletivo, com foco no povo.”
De origem simples, ex-copeiro e auditor fiscal, Pepa enxerga a política como missão. Conta que preferiu o “peito aberto” e a ação direta à carreira técnica. “Não adianta ser deputado e não ouvir a ponta. Eu vou para a rua, respondo o WhatsApp, atendo o povo.”
Projetos sociais e política de resultados
Projetos como o atendimento odontológico itinerante para mulheres vítimas de violência e o incentivo a escolinhas de futebol são exemplos que Pepa cita como provas do seu compromisso com as comunidades. Mas ele garante: “Não basta asfalto, BRT, viaduto. Tem que cuidar de gente.”
O deputado também não esconde a admiração pela trajetória de Celina Leão e acredita que ela deve seguir os ensinamentos de Roriz para organizar a base e garantir que, mesmo sem eleição, quem trabalhar tenha lugar no governo. “Ela é fiel e sabe trabalhar com grupo.”
Pepa afirma que o DF precisa de gestão que ouça a população e mantenha os canais abertos, sem esquecer que política é para servir, e não para se servir.
“Meu telefone é o disque deputado. Pode ligar, eu atendo. Política do bem se faz assim.” finalizou o deputado.