Revolucionando o mundo pela maternidade

Não há no universo fortaleza maior do que uma mãe que deseja um mundo melhor para seus filhos e filhas

Sandra Mara Bessa
Por Sandra Mara Bessa  - Professora 4 Min Leitura
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Mães que educam com amor transformam o presente e moldam o futuroImagem: Freepik
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Educar é, sem dúvida, uma das tarefas mais complexas da vida em sociedade. Desde o planejamento de um filho ou de uma filha já se reflete sobre como se quer educar. E não são poucas as que se preparam para isso, como se houvesse receita possível ou uma espécie de manual de instruções sobre a maternidade. Mas todas sabemos que não há trilhas previamente combinadas.

Se tem algo que pode descrever a vivência de ser mãe é o inusitado. Sejam as perguntas mais estapafúrdias às aventuras que nos tiram o sossego: não se sabe ao certo o que esperar. E diante do insólito, nada podemos fazer que não amar e seguir nossa intuição.

E o resultado desse amor, cantado e recantado por poetas, compositores e escritores de toda estirpe, é a formação de um novo ser que se desenvolve à nossa vista, moldado em muitos aspectos por nossas escolhas pessoais. Eis que é um jeito de olhar, um sorriso que escapa, uma risada gostosa, um choro birrento ou de dor… Não há como negar o quanto cada gesto nos aquieta ou inquieta. Assim que chega aos nossos braços, passamos a pensar em tudo o que podemos fazer para que sua vida seja doce e leve. Tendemos a proteger e a acolher, acompanhando cada passo, curando cada dor, abraçando cada carência ou necessidade.

O tempo passa rápido

Essa simbiose faz de tal criatura nosso mundo e nós o mundo dela… Sábias as mães que já percebendo isso, aproveitam o melhor que podem enquanto seus rebentos estão em seus braços, posto que o tempo passa rápido e eles voam como os passarinhos em busca de sua própria felicidade. E nada mais bonito do que ver cada um e cada uma assumir seus voos em plena liberdade, como se nunca houvessem dependido de alguém.

Serão muitas as vezes em que vamos olhar para eles e elas e pensar o quanto nosso itinerário seria diferente, como é arriscado o caminho que escolheram e o quanto deveriam nos ouvir… No entanto, sabemos no fundo que, se assim o fosse, a vida não teria cor, nem vivacidade.

Instinto protetor

Nosso instinto protetor é que nos faz ver cenários os mais absurdos e boa parte, cá venhamos, não se concretizam.

A experiência de ser mãe, dessa forma, guarda tantíssimas alegrias, mas também sobressaltos. E o que dizer das mães de filhos e filhas negros e negras, homossexuais, transsexuais, entre outros? Como ficam seus corações ao vê-los ultrapassar as portas de casa e ir para um mundo arraigado de preconceitos e de violências? E o que dizer das mães que, trabalhando até o nível do insuportável, perdem a oportunidade de cuidar e de carinhar seus filhos, pois que só trabalham e trabalham e trabalham?

Cultura de cuidado

Neste dia das mães, todas nós precisamos nos unir, como educadoras que somos de nossos filhos e filhas, em torno de uma cultura de cuidado com o outro/ a outra. Podemos fazer a revolução social, cultural, histórica, educacional e humanitária de que tanto necessitamos, tendo em vista que não há no universo fortaleza maior do que uma mãe que deseja um mundo melhor para seus filhos e filhas.

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Posted by Sandra Mara Bessa Professora
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Gestora de projetos e especialista em Educação
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