A história de Adão e Eva é antiga, mas a atitude deles continua muito atual. Depois de desobedecer, o casal tentou se esconder de Deus. Cobriram-se com folhas, acreditando que assim poderiam disfarçar o erro. Uma espécie de pique-esconde espiritual. Ingênuo, mas familiar.
Quantas vezes fazemos o mesmo? Erramos, fugimos, fingimos que está tudo bem. Evitamos olhar para dentro e tentamos esconder o que sentimos, como se fosse possível tapar o sol com as mãos. Mas a verdade é que não dá para esconder o que nos incomoda — nem de Deus, nem de nós mesmos.
A maturidade começa quando paramos de nos esconder. Quando reconhecemos nossas falhas e escolhemos lidar com elas de forma honesta. Fugir não resolve, só adia. Encarar transforma.
A história do Éden termina com um gesto de cuidado: Deus os encontra, conversa com eles e os veste. O erro teve consequência, mas também teve reconexão. Talvez essa seja a maior lição: não precisamos fugir. Precisamos assumir e recomeçar.