Com a chegada da Semana Santa, comerciantes do Distrito Federal se mostram confiantes em relação às vendas de pescados. Um levantamento realizado pelo Instituto Fecomércio-DF revela que 79% dos empresários do varejo projetam aumento no volume de vendas para o feriado religioso de 2025.
A expectativa gira em torno de um crescimento moderado, mas expressivo: 47% dos entrevistados preveem um avanço de até 10%, enquanto 44,2% estimam elevação entre 10% e 20% nas vendas. Apenas uma minoria — 3% — enxerga a possibilidade de queda, e 18% apostam em resultados semelhantes aos do ano anterior.
A pesquisa, conduzida presencialmente com 173 empresas de supermercados, feiras, açougues e peixarias, também mapeou o comportamento esperado dos consumidores. A maior parte dos lojistas — 71,7% — acredita que cada cliente comprará entre 2,1 kg e 3 kg de peixe durante o período.
Filé na liderança
Na lista dos mais procurados, os filés lideram com folga, citados por 88,4% dos comerciantes. Na sequência, aparecem os cortes de tambaqui (55,5%), pintado e surubim (51,4%), pescada (36,4%) e sardinha (28,3%). Há também uma aposta relevante na venda de frutos do mar (74%) e peixes preparados ao estilo bacalhau (10%), além de uma parcela de consumidores que deve adquirir ambos (16%).
Os preços devem variar. Segundo 41% dos lojistas, o quilo do peixe deve custar entre R$ 31 e R$ 60. Outros 38,7% estimam valores entre R$ 61 e R$ 90. Apesar disso, 92% das empresas consultadas afirmam já estar com os estoques preparados para atender à demanda.
Para o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, o comportamento do consumidor reflete uma adaptação à realidade do mercado. “A tradição religiosa da Semana Santa continua impulsionando o setor de alimentos, principalmente os pescados. Os consumidores buscam alternativas mais acessíveis, como tilápia, merluza e pescada, que oferecem melhor custo-benefício diante dos desafios logísticos que impactam o preço final”, analisa.
A sondagem foi realizada entre os dias 11 e 16 de abril de 2025, envolvendo proprietários e gerentes de empresas distribuídas em 18 localidades e 17 regiões administrativas do DF. Os dados reforçam o papel da cultura e da fé como motores de consumo e sinalizam um período promissor para o setor.
