O futebol no Distrito Federal se aproxima de um novo capítulo de inclusão e acolhimento. Após o impulso do deputado distrital Eduardo Pedrosa (União), o Gama se tornou o pioneiro em ações voltadas para a inclusão de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) nos estádios. A proposta visa tornar os eventos esportivos mais acessíveis, promovendo a conscientização e o respeito, e reforçando o papel do esporte na integração social.
No Gama, as mudanças já são visíveis. O clube criou um espaço exclusivo nas arquibancadas para pessoas autistas, além de atender a quem possui outras deficiências, como Síndrome de Down ou doenças raras. A torcida também participará dessa transformação, exibindo uma faixa com a mensagem “Aos autistas do Gamão” durante os jogos. Para simbolizar ainda mais a inclusão, os jogadores irão entrar em campo acompanhados por crianças autistas, carregando faixas com frases de apoio à causa.
O Paranoá, que já manifestou apoio à iniciativa, também se comprometeu a adotar ações semelhantes. Eduardo Pedrosa, que acompanha o movimento de perto, afirmou estar otimista com a adesão de mais clubes à causa. “Queremos que cada vez mais times se juntem a nós. Acreditamos que esse movimento pode quebrar barreiras e promover um acolhimento real nos estádios”, declarou o deputado.
Acolhimento nas arquibancadas
Além das modificações no ambiente, a campanha inclui medidas práticas para garantir o conforto e segurança das pessoas com TEA. Identificação com colares, carteirinhas ou camisetas serão fornecidas, assim como abafadores de som para amenizar os ruídos, proporcionando uma experiência mais tranquila aos presentes. O apoio da Frente Parlamentar do Autismo do DF, sob a presidência de Pedrosa, e de entidades como o Instituto Paz, o Instituto Social de Santa Maria e o Movimento Autistas Brasil (Moab) tem sido fundamental para o sucesso da iniciativa.
Essas ações também estão em consonância com a Lei Fábio Rego, recentemente sancionada no DF, que reforça os direitos das pessoas com TEA. A proposta de Pedrosa e dos clubes de futebol do DF é tornar o Campeonato Candangão um modelo de inclusão no esporte, demonstrando como iniciativas concretas podem transformar os estádios em locais mais acessíveis e acolhedores.