A ampliação do metrô do Distrito Federal, anunciada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), promete transformar a rotina de milhares de passageiros, especialmente os de Samambaia. A partir de 2025, o novo trecho, de 3,6 quilômetros, adicionará duas estações e deverá reduzir o tempo de viagem dos moradores da região.
Atualmente, Yasmin Lara Orilio Moreira, de 16 anos, leva cerca de uma hora para percorrer o trajeto entre o terminal de Samambaia e a estação 114 Sul. Com a ampliação, ela estima que o tempo de deslocamento seja reduzido para 40 minutos. A estudante, que se desloca diariamente para o trabalho, considera a mudança positiva, mas alerta sobre a possibilidade de superlotação.
Se não houver aumento na quantidade de trens, é provável que o metrô fique ainda mais lotado. Isso pode ser um problema para quem, como eu, depende do transporte público todos os dias, observa Yasmin.
A ampliação do metrô inclui a construção de duas novas estações e a implementação de três viadutos com passagem de pedestres, além de quatro passarelas. A expectativa é que o novo trecho transporte cerca de 10 mil pessoas por dia, um incremento importante para a atual capacidade da rede, que já transporta 160 mil passageiros.
Investimento e benefícios
O investimento do BNDES, de R$ 444,5 milhões, faz parte do projeto Novo PAC e promete beneficiar diretamente a população do DF, contribuindo para a redução do tempo de deslocamento e o alívio do tráfego. Segundo Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, a expansão também visa diminuir a emissão de poluentes em 7,8 mil toneladas de CO2 por ano.
Embora as melhorias sejam esperadas com entusiasmo, o desafio de manter a qualidade do transporte público se mantém. Para que a ampliação traga os benefícios prometidos, é necessário pensar em uma estrutura de transporte que acompanhe o crescimento do número de passageiros e garanta mais conforto e eficiência no deslocamento diário da população.
