O Governo do Distrito Federal (GDF) deu um importante passo para a modernização dos cuidados médicos ao formalizar, por meio de portaria publicada no Diário Oficial, a implementação do Programa de Gerenciamento do Sangue do Paciente (PBM). Este modelo, reconhecido mundialmente, visa otimizar a utilização do sangue nas unidades de saúde, aprimorando os resultados clínicos dos pacientes e reduzindo a necessidade de transfusões desnecessárias.
Com coordenação da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB), o PBM será inicialmente implantado em quatro unidades-piloto: Hospital de Base do Distrito Federal, Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Hospital Universitário de Brasília (HUB) e Hospital da Criança de Brasília (HCB). Além disso, a criação de uma câmara técnica, presidida pelo hematologista e chefe da unidade técnica da FHB, Marcelo Jorge Carneiro, dará suporte à execução da medida.
Marcelo Jorge Carneiro destaca a importância da portaria para a saúde pública do DF.
O PBM representa uma evolução da política de uso racional do sangue que já praticamos, agora formalizada e ampliada. Ele solidifica uma abordagem moderna para o manejo das transfusões, beneficiando pacientes e fortalecendo o sistema de saúde local”, afirmou.
Estratégias personalizadas
O PBM é uma abordagem multidisciplinar que coloca o paciente no centro do tratamento, adotando estratégias personalizadas para preservar o sangue do próprio paciente, minimizar a necessidade de transfusões e tratar condições como a anemia de forma mais eficaz. Reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotado por vários países, o PBM se tornou referência global desde sua aprovação pela Assembleia Mundial da Saúde em 2010.
A expectativa é que, com a adoção dessa metodologia, o Distrito Federal melhore a gestão de sangue nos hospitais e eleve o padrão do atendimento público. “Não se trata apenas de reduzir custos, mas de oferecer melhores resultados para os pacientes e otimizar os recursos do sistema de saúde”, conclui Marcelo Jorge Carneiro.