Com 41 anos e uma trajetória marcada por atuações na administração pública, Bruno Oliveira liderou o SIA (Setor de Indústrias e Abastecimento), região que movimenta mais de 300 mil pessoas diariamente e responde
por 57% da arrecadação de ICMS do Distrito Federal. Indicado pelo deputado Thiago Manzoni, Bruno enfrentou desafios, como a falta de recursos e a regularização de áreas comerciais, enquanto busca
melhorias para um dos polos econômicos mais importantes da capital.
Jornal Capital Federal: Antes de ser administrador, qual era sua atividade?
Bruno Oliveira: Trabalhei como advogado e assessor técnico na Administração do Plano Piloto, atuei na CODHAB, na Secretaria de Projetos Especiais e, antes de assumir a gestão do SIA, fui colaborador da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
JCF: Quais são as principais obras do SIA realizadas sob sua gestão? Há previsão de entrega de alguma delas?
Bruno: Destaco a construção de um estacionamento com calçadas, um ponto de apoio para caminhoneiros e o paisagismo no Trecho 1, com entrega prevista para dezembro.
JCF: Quais são as maiores dificuldades para administrar o SIA?
Bruno: A principal dificuldade é a falta de recursos. Além disso, enfrentamos a necessidade de regularizar os quiosques e a questão dos ambulantes. Apesar disso, já elaboramos projetos para buscar soluções. Em parceria com o DF Legal, recolhemos armários que ficaram nos postes e os deixamos disponíveis no CPP, que deverão ser transferidos para outro local.
JCF: Quais as maiores reivindicações dos empresários da região?
Bruno: As principais demandas são a transferência do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) para outro local, processos mais seguros, e a construção de uma creche e uma escola na região.
JCF: Como está a questão da segurança e iluminação na cidade?
Bruno: Já trocamos 100% das lâmpadas do SIA por modelos de LED, enquanto em muitas localidades o índice está em 80%. Quanto à segurança, temos a ideia de trazer um batalhão da Polícia Militar para a região, o que fortalecerá ainda mais a redução de 50% nos índices de criminalidade.
JCF: Existe algum projeto para ciclovias no SIA?
Bruno: Sim, já avançamos bastante no projeto de ciclovias na área do SAAN, próximo à região do Exército, onde também será feito calçamento. O orçamento para a obra já está previsto na Secretaria de Obras.
JCF: E quanto ao transporte público? Quais são as novidades?
Bruno: Criamos uma rota de fuga no Setor de Inflamáveis e implementamos 18 novas paradas de ônibus, ampliando o acesso e a mobilidade da população.
JCF: O senhor tem pretensões eleitorais para 2026?
Bruno: Estou à disposição do meu grupo político. Se considerarem que devo ser candidato, serei, mas sempre com as vitórias do deputado Thiago Manzoni.
Os números do SIA
O SIA abriga mais de 5 mil estabelecimentos, entre indústrias, fábricas e transações, gerando mais de 80 mil empregos diretos.
A região movimenta cerca de 300 mil pessoas diariamente e possui espaços importantes, como a Feira dos Importados e o CEASA.
Apenas a Feira dos Importados gera mais de 10 mil empregos diretos e indiretos.
A arrecadação dos 174 camarotes da Feira de Cultura, Artes e Beleza (FECAB) alcança, em média, R$ 2 milhões anuais.