Putin reeleito para quinto mandato em meio a protestos e controvérsias

Eleições na Rússia refletem tensões geopolíticas e questionamentos sobre democracia

Paulo Cesar Sampaio
Por Paulo Cesar Sampaio 2 Min Leitura
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Imagem: Valter Campanato/Agência Brasília
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Durante o final de semana, os russos foram às urnas e reelegeram Vladimir Putin como presidente para um quinto mandato até 2030. No entanto, esse processo eleitoral não ocorreu sem controvérsias e protestos que destacam questões importantes sobre o cenário político e social do país.

Durante os três dias de votação, diversos protestos foram registrados, incluindo um ativista que jogou tinta em uma urna, simbolizando a insatisfação de parte da população. Além disso, houve relatos de ataques com drones ucranianos nas regiões de fronteira, ressaltando as tensões geopolíticas na região.

Esses eventos são significativos, pois a Rússia é uma das maiores potências mundiais e mantém uma postura desafiadora em relação à OTAN e ao ocidente. A reeleição de Putin para mais um mandato representa a continuação desse clima de Guerra Fria por mais alguns anos, além de indicar uma maior aproximação com países como China e Coreia do Norte.

Tempo de poder

Vladimir Putin está no poder desde 1999 e, após alterar a legislação para permitir mais reeleições, agora pode permanecer como presidente até 2036. Essa longevidade no cargo presidencial é notável na história russa, sendo comparável apenas a líderes como Stalin.

Outros candidatos

No entanto, surgem questionamentos sobre a legitimidade dessas eleições. Embora outros três candidatos tenham concorrido, nenhum deles representava uma verdadeira oposição a Putin, todos apoiando suas medidas, incluindo a intervenção na Ucrânia. Candidatos considerados anti-guerra foram proibidos de concorrer pela Comissão Eleitoral, que é liderada pelo próprio presidente. Além disso, o principal opositor ao governo, Alexei Navalny, faleceu de forma misteriosa na prisão.

Duvidas sobre o resultado

Apesar do apoio aparentemente forte de Putin, com cerca de 80% de aprovação, há dúvidas sobre a veracidade desses números, levando em consideração o receio de se opor ao regime. Mesmo com as sanções econômicas após conflitos, a economia russa continuou crescendo, levantando questionamentos sobre a realidade política e social do país.

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