A cantora Rita Lee faleceu aos 75 anos em sua casa nesta segunda-feira, 8. Ela havia comemorado a cura do câncer em 2022, após exames de rotina mostrarem a remissão da doença. Rita causou comoção ao chamar o tumor no pulmão de “Jair”, brincadeira criada pelo marido, o músico Roberto de Carvalho. Mesmo depois da notícia da cura, ela continuou fazendo exames de rotina e fez raras aparições nas redes sociais.
O velório da cantora será aberto ao público nesta quarta-feira, 10, das 10h às 17h, no Planetário, localizado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. O corpo da cantora será cremado em uma cerimônia restrita à família.
A raincha do rock se aposentou dos palcos em 2012, aos 64 anos. Uma de suas últimas apresentações foi no Circo Voador, no Rio de Janeiro, onde disse que aquele seria seu penúltimo show. “Queria dizer que esse é o meu penúltimo show, mas já considero o último. É… Vou me aposentar dos palcos”, afirmou. Ela ainda fez mais duas apresentações, uma em Aracaju, Sergipe, e outra em Brasília.
A Rita persona extra artística ganhou respeito e admiração por sua coerência entre o que cantava, o que dizia e o que fazia. Ela era anti-mídia, cedia entrevistas apenas por e-mail e evitava exposições desnecessárias. Suas canções traziam seu pensamento ácido, crítico, inconformado e sagaz. Algumas de suas músicas mais famosas incluem “Ovelha Negra”, “Mania de Você”, “Lança Perfume”, “Agora Só Falta Você”, “Baila Comigo”, “Banho de Espuma”, “Desculpe o Auê”, “Amor e Sexo”, “Reza”, “Menino Bonito”, “Flagra” e “Doce Vampiro”. Muitas dessas músicas se tornaram temas de novela, comerciais e hits de rádio FM.