O que a tragédia no Primo Bitti nos mostra

Menor que cometeu a atrocidades, em análise preliminar, foi treinado em grupos neonazistas que se proliferam nas redes sociais

Flavio Werneck
Por Flavio Werneck  - Segurança Pública 3 Min Leitura
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Imagem: Reprodução / Câmera de Monitoramento

Assassinato em massa que aconteceu no colégio em aragcruz-ES. O horror dos fatos narrados pela imprensa e as investigações nos apontam novamente o crescimento da ideologia nazista no nosso país. O menor que cometeu essa atrocidade tem 16 anos, usava a insígnia nazista e, em análise preliminar, foi treinado e doutrinado em grupos neonazistas que se proliferam nas redes sociais. 

Aqui no Distrito Federal, especificamente em sobradinho, a PCDF “Em depoimento, o adolescente alegou ter feito as postagens para “brincar” e que não pretendia executar o plano.” que fez ameaças a colégios, espelhado no ocorrido no Primo Bitti. “Em depoimento, o adolescente alegou ter feito as postagens para “brincar” e que não pretendia executar o plano.”

Em depoimento, o adolescente alegou ter feito as postagens para “brincar” e que não pretendia executar o plano.”Menor apreedido no DF

Nossos colégios, diante do adestramento que essa turba nazista vem implementando no país, têm que observar e acompanhar de perto esses movimentos. E buscar também se defender e investir na segurança das nossas crianças e adolescentes. 

Preocupante saber que nossos gestores em educação estão, por exemplo, trocando os vigilantes – que tem treinamento e podem até portar algum tipo de armamento – para vigias (porteiros), apenas com a justificativa de economia na contratação – o que também não é uma verdade absoluta.

Armas de fogo

De 2002 a 2022 tivemos 16 atentados a colégios com 151 vítimas. Destas, 46 vítimas fatais. Importante salientar que metade desses 16 atentados nos últimos 4 anos. A facilitação do acesso de armas de fogo e o porte desse armamento feito de forma maquiada aumentam substancialmente o risco de novos atentados.

Nossos colégios têm que retomar/atualizar a construção do ambiente de diálogo sadio no ambiente de ensino. Paralelo a isso têm que, de forma consciente, investir na segurança das nossas crianças e adolescentes. Movimentos como os acima apresentados, de cortes de investimentos em segurança, se mostram hoje totalmente descabidos e merecem reanalise urgente das secretarias de educação do nosso país.

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Posted by Flavio Werneck Segurança Pública
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Advogado, servidor público, mestre em criminologia e pós-graduado pela Escola do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
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