Visando dar uma melhor qualidade de vida a população do Distrito Federal e diminuir as filas de cirurgias seletivas. Já foram atendidos 627 pacientes do Sistema Único de Saúde que realizaram cirurgias eletivas em hospitais da rede privada do DF graças aos contratos assinados pela Secretaria de Saúde até esta quinta-feira (27). O edital prevê um total de 3.233 procedimentos durante um período de 120 dias.
A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, destaca que os contratos de complementariedade ao Sistema Único de Saúde são previstos na legislação sido assinados com o envolvimento e apoio do controle social e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). “Esse represamento de cirurgias eletivas ocorreu principalmente por conta da pandemia, agora nós estamos diminuindo a demanda reprimida”, afirma.
A pasta tem trabalhado para que as cirurgias beneficiem quem mais precisa. “O Complexo Regulador de Saúde os encaminha respeitando a gravidade e o tempo cronológico de inserção na fila”, explica a secretária de Saúde. Ainda assim, ela ressalta que apesar de não se tratarem de casos graves, os pacientes vivem com baixa qualidade de vida enquanto esperam pelas cirurgias.
A fala da gestora é confirmada pela dona de casa Valdene da Conceição, que também fez a retirada da vesícula no Hospital Home. “Meus filhos me ajudaram. Mas, agora, com essa cirurgia, eu me sinto bem”, relata.
Pacientes atendidos ressaltaram a rapidez do atendimento. Primeiro foram encaminhadas para hospitais regionais da Secretaria de Saúde, onde fizeram exames preparatórios. Em seguida, já receberam ligações do hospital privado, com a data de internação.
Essa integração foi possível com o trabalho conjunto de funcionários dessas instituições de saúde com servidores da Secretaria de Saúde para possibilitar o acesso ao TrackCare, sistema onde ficam disponíveis as informações médicas de cada paciente. A Secretaria de Saúde também libera os procedimentos segundo as prioridades médicas.
Os hospitais da rede privada foram contratados para realizar procedimentos de hernioplastias (hérnia), colecistectomias (retirada da vesícula biliar) e histerectomias (remoção do útero). As cirurgias têm ocorrido diariamente, inclusive nos fins de semana, nos hospitais Águas Claras, Anchieta, Daher, Hospital das Clínicas, Home, São Francisco e São Mateus. O primeiro foi em 22 de setembro. O prazo de 120 dias é contado a partir da data em que cada instituição assinou o contrato.
A Secretaria de Saúde investirá um total de R$ 19,7 milhões na iniciativa. Cada atendimento na rede privada inclui a realização de intervenção cirúrgica, internação de até 48 horas e consultas pré e pós-operatórias. Os hospitais receberão segundo o número de procedimentos realizados.
Movimentos
Conforme a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, os 11 hospitais da rede pública mantêm o ritmo de aproximadamente mil cirurgias mensais, entre as de emergência, judicializadas, as de maior complexidade e os casos de câncer. Enquanto isso, iniciativas como o novo contrato regular de manutenção vai permitir a melhoria das condições de atendimento, como no caso da UTI do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), que já iniciou o processo de revitalização. “É um conjunto de ações para que a gente contemplasse e diminuísse as filas”, finaliza Florêncio.