Registros de ocorrências têm impacto nos bons resultados das políticas de segurança pública

Além de ser utilizado na investigação policial, o boletim serve como base de dados para o mapeamento de manchas criminais e a prevenção de crimes

Redação
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Imagem: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília
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Nos últimos anos, o Distrito Federal tem vivenciado a redução dos índices criminais. A queda é resultado de ações para combater e coibir a criminalidade e a violência na cidade. Um dos mecanismos essenciais nesse processo são os dados estatísticos provenientes dos boletins de ocorrência registrados na Polícia Civil, usados para mapear manchas criminais e elaborar políticas públicas para prevenção de crimes.

Por esse motivo, todo e qualquer ato criminoso, independentemente da gravidade, deve ser comunicado às autoridades de segurança por meio do registro. Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), entre janeiro e maio deste ano, furto em veículo, roubo a transeunte, tráfico de drogas e uso e porte de drogas foram as ocorrências mais registradas nos boletins.

“A Segurança Pública é feita com inteligência e manchas criminais e, para isso, o boletim de ocorrência é importantíssimo. Se uma pessoa é furtada ou roubada e não registra a ocorrência, isso fica oculto. Sem esse registro, a criminalidade continua atuando e os crimes acontecendo. Temos que quebrar com esse padrão. E, para isso, o boletim é essencial”, destaca o secretário-executivo de Segurança Pública, Alexandre Patury.

O boletim de ocorrência coleta e reúne informações sobre crimes, acidentes, desaparecimentos de pessoas ou outros fatos relevantes. É a partir do BO – como é popularmente conhecido o documento – que atos criminosos se tornam de conhecimento dos órgãos de segurança pública e passam a ser investigados com a instauração do inquérito policial.

É fundamental que as pessoas registrem qualquer crime de que sejam vítimas, mesmo aqueles que consideram de menor gravidade, para que o governo possa identificar padrões e tendênciasBrenda Limongi, delegada-adjunta

“É fundamental que as pessoas registrem qualquer crime de que sejam vítimas, mesmo aqueles que consideram de menor gravidade, para que o governo possa identificar padrões e tendências, auxiliando na elaboração das políticas públicas de segurança”, destaca a delegada-adjunta da Delegacia Eletrônica da PCDF, Brenda Limongi. “É dessa forma que o governo tem condições de mapear os locais de maior incidência de determinados delitos, bem como tem a possibilidade de tomar conhecimento dos indivíduos que mais cometem crimes em determinada região, investindo em pesquisas e direcionando os recursos para as áreas mais afetadas.”

Como registrar

O cidadão pode registrar a ocorrência presencialmente, em qualquer delegacia de polícia, ou virtualmente, por meio do site da Delegacia Eletrônica. O mecanismo online tem o objetivo de proporcionar comodidade e minimizar os transtornos à população. Na Delegacia Eletrônica, os delitos estão elencados em 14 quadrantes, entre eles estelionato, fraudes e apropriações, extravio/perda, furtos e roubos.

Para a comunicação dos crimes, é preciso informar dados da vítima e do suspeito, se houver. Se não, deve ser disposto o maior número de informações possíveis para identificação do criminoso. Também é solicitada uma narração objetiva dos fatos, com elementos que possam levar à investigação, como o local exato onde o crime ocorreu.

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