Esse resultado, embora expressivo, ficou atrás apenas do déficit registrado em 2020, quando o governo enfrentou gastos extraordinários relacionados à pandemia de COVID-19. Para entender melhor, é como aquele amigo que constantemente tem uma fatura do cartão maior do que o salário – uma situação que muitos podem se identificar.
Na linguagem econômica, esse cenário é denominado “déficit primário”. Ele ocorre quando a arrecadação do governo com impostos não consegue cobrir todas as despesas realizadas.
O déficit do ano passado superou em R$ 1 bilhão as projeções do Congresso, ressaltando que, muitas vezes, operar com um déficit já está previsto no Orçamento.
Antecipação
A equipe econômica apontou que a antecipação do pagamento de precatórios, as dívidas que o governo é obrigado a quitar, teve um impacto significativo, contribuindo com um adicional de R$ 92 bilhões ao déficit total.
Quanto às expectativas para 2024, a proposta é ambiciosa: encerrar o ano sem déficit. Contudo, atingir esse objetivo será desafiador, pois o governo precisará gerar uma receita adicional de R$ 168 bilhões. O cenário coloca em pauta a busca por soluções para equilibrar as contas públicas e alcançar uma estabilidade financeira esperada.