Um estudo realizado no Brasil, que incluiu 4.496 professores da educação infantil e do ensino fundamental de uma rede municipal, constatou as maiores prevalências em relação a dores que esses profissionais sentem, as mais elevadas foram, na coluna 41,1%, ficando em 2º lugar membros inferiores 41,1% e em 3º lugar os membros superiores. Foi feita uma correlação com tempo de trabalho acima de 5 anos de profissão exercida, elevado esforço físico quando são professores da educação infantil e ensino fundamental e quando esses profissionais assumem outra atividade remunerada para complementação de renda além de 2 jornadas de trabalho.
Em vários países está em 1º lugar a coluna vertebral como a mais acometida, e causadora de afastamentos da jornada de trabalho por dor incapacitante. Corrobora para esses afastamentos a permanência por longos períodos em posturas estáticas ou inadequadas como com “uma extensão do pescoço gerando tensão por encurtamento muscular, e ou uma flexão do pescoço por longo período gerando dor e tensão por estiramento muscular”. Essas condições dolorosas podem acometer qualquer um dos segmentos da coluna, sendo eles cervical, torácica ou lombar. Condições como essas interferem na qualidade de vida do profissional, prejudicando inclusive vida pessoal, falta de sono, aumentando o cansaço e episódios de dores de cabeça.
Carga e soluções
Profissionais tão importantes como os que nos acompanham desde o início da aprendizagem, como os professores sofrem uma carga emocional e psíquica frente às condições físicas e ambientais de onde trabalham e o ritmo que executam sua função. Em um “mundo perfeito” as constatações do referido estudo seria o suficiente para adoção de políticas públicas, visando progresso e melhorias das condições de trabalho desses profissionais, e seriam beneficiados não somente eles, bem como os alunos, colegas de trabalho com menor índice de sobrecarga e familiares.
Dentre os profissionais que podem proporcionar alívio de dores para os professores são os fisioterapeutas, psicólogos e profissionais de educação física, por meio de programas que vão desde acompanhamentos semanais como ginásticas laborais, que visam a prevenção e o tratamento direto com a missão de proteger e zelar pela integridade dos professores.