Iniciamos, em nossa última coluna (edição 56), uma reflexão sobre as férias escolares e o quanto devemos investir em momentos de aprendizagem ou de lazer. Como ficou evidente, podemos criar um equilíbrio entre estes dois pontos, privilegiando o lúdico, a convivência e as conexões afetivas intrafamiliares. Dessa forma, é preciso organizar os tempos e os espaços a serem ocupados ao longo do dia, seja na presença dos pais ou em sua ausência. Para tanto, como já indicamos, devemos traçar estratégias para ocupar o tempo de nossos filhos e filhas.
Embora grande parte dos pais vivencie a realidade de não estarem de férias junto com seus filhos, esse é um momento muito especial para se estreitarem laços de confiança que podem servir para a promoção das famigeradas conexões familiares sobre as quais tanto se discute atualmente. Isso se confirma quando percebemos que é, nesse período, que sopitam as colônias de férias. No entanto, essa não é uma opção que atraia a todos e também não possibilita essa aproximação cada vez mais requerida.
Precisamos compreender que as férias escolares não são apenas um intervalo nas obrigações escolares, mas são principalmente uma janela de oportunidade para os pais fortalecerem os laços afetivos com seus filhos, o que pode ser determinante para um novo horizonte para a qualidade das relações familiares, posto que esse período de descanso oferece momentos preciosos para criar memórias e construir relacionamentos mais profundos. Atividades como preparar refeições juntos ou fazer uma sessão de cinema em casa são fontes de alegria e criam tradições familiares.
Para além das viagens em família, são muitas as possibilidades para aproveitar bem as férias como explorar sua cidade (para isso, consulte a agenda cultural), descobrindo lugares especiais, visitando museus, exposições e eventos culturais. Essas são vivências que proporcionam aprendizagens riquíssimas fora da escola e incentivam o interesse por diferentes áreas do conhecimento. É possível ainda planejar passeios ao ar livre em que se possa ter contato com a natureza, caminhar e correr livremente, observar animais e plantas, tirar fotografias ou fazer um piquenique.
Ao incorporar essas estratégias, os pais podem garantir que as férias sejam um período divertido, mas também construtivo para o desenvolvimento contínuo das crianças, mantendo viva a conexão com o conhecimento adquirido ao longo do ano letivo.