Ex-diretor da Abin revela alertas ignorados antes da depredação na Praça dos Três Poderes

Depoimento crucial na CPMI do 8 de Janeiro, promete Lançar Luz sobre atos de vandalismo e falhas de segurança que abalaram o coração da nação

Paulo Cesar Sampaio
Por Paulo Cesar Sampaio 3 Min Leitura
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Saulo Moura da Cunha presta depoimento crucial na CPMI do 8 de Janeiro Leonardo Prado/Câmara dos Deputados

Após um breve recesso parlamentar, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro voltou às atividades nesta terça-feira (1º) com uma reunião agendada para as 9h. Em destaque, o depoimento de Saulo Moura da Cunha, ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), promete esclarecer importantes questões sobre os eventos que culminaram com a depredação de prédios públicos na Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro do ano passado.

Cunha assumiu o cargo de diretor da Abin na data em questão, quando ocorreram os atos de vandalismo, mas deixou sua posição no início de março, levantando questionamentos sobre sua possível ligação com os fatos ocorridos.

O depoimento de Saulo da Cunha foi requisitado através de cinco requerimentos, sendo um deles encabeçado pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF). Segundo Lucas, a importância do depoimento se justifica pelo fato de a Abin ter “produzido diversos alertas sobre riscos de um ataque a prédios públicos de Brasília, inclusive na véspera das invasões e depredações de patrimônio público no domingo”.

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), autor de outro requerimento para a convocação de Cunha, destaca que sua presença na CPMI contribui para a “transparência nas apurações” e pode fornecer elementos fundamentais para o esclarecimento dos acontecimentos.

Os demais requerimentos foram apresentados pelos deputados Delegado Ramagem (PL-RJ) e Pr. Marco Feliciano (PL-SP), além do senador Magno Malta (PL-ES), reforçando a relevância e o interesse por trás das informações que Cunha poderá compartilhar com os membros da comissão.

A comissão

A CPMI do 8 de Janeiro é composta por um total de 16 senadores e 16 deputados, e foi criada com o objetivo específico de investigar os atos de ação e omissão ocorridos em 8 de janeiro de 2023 nas sedes dos Três Poderes da República, situados em Brasília. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) foi designada como relatora da comissão, tendo o deputado Arthur Maia (União-BA) como presidente.

A expectativa é que o depoimento de Saulo da Cunha traga novos esclarecimentos e contribua para a elucidação dos eventos que marcaram esse importante episódio na história recente do país.

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