O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se tornou réu na quinta-feira (8), enfrentando um total de 37 acusações criminais. Nesta sexta-feira (9), o Departamento de Justiça dos EUA divulgou as acusações, que envolvem a suposta retirada de documentos confidenciais da Casa Branca por parte de Trump quando deixou a presidência em 2021.
As acusações incluem a existência de fotos que mostram caixas de documentos em diferentes locais, como um banheiro, o palco de um auditório e uma despensa. Os documentos estavam sob posse de Trump em seu resort em Mar-a-Lago, na Flórida, e em um clube de golfe em Nova Jersey.
Caso seja condenado, Trump poderá enfrentar penas cumulativas por cada acusação, sendo a mais grave delas a obstrução de justiça, que tem uma pena máxima de 20 anos de prisão. O Departamento de Justiça apontou diversos crimes nos quais o ex-presidente está sendo acusado.
No ano de 2022, cerca de 13.000 documentos foram apreendidos no resort de Trump, sendo que aproximadamente 100 deles estavam classificados como confidenciais, ou seja, contendo informações sensíveis.
Agências de inteligência
Os arquivos levados pelo ex-presidente envolvem informações sobre as capacidades de defesa dos Estados Unidos e de outros países, bem como detalhes sobre programas nucleares. Segundo a ata de acusação, Trump também é acusado de compartilhar com terceiros um mapa relacionado a uma operação militar americana. Esses materiais foram obtidos de agências de inteligência como o Pentágono, a CIA e a NSA.
Os procuradores argumentam que a potencial divulgação desses documentos teria colocado em risco a segurança nacional dos Estados Unidos. Entre as acusações enfrentadas por Trump estão a retenção não autorizada de documentos de segurança nacional, conspiração, obstrução de justiça, falso testemunho, manuseio incorreto de documentos oficiais e desrespeito ao tribunal.