Nesta sexta-feira (16), ruas de Planaltina, Estrutural, Paranoá e Itapoã foram tomadas por vozes e passos em defesa da infância. Em uma ação integrada da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) com órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), as unidades socioassistenciais promoveram caminhadas educativas como parte da campanha Maio Laranja, voltada à prevenção do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes.
O movimento, que acontece ao longo de maio, ganha força no dia 18, data em que se relembra o assassinato da menina Araceli Crespo, em Vitória (ES), um crime que chocou o país e motivou a criação da Lei Federal 9.970/2000, instituindo o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Em Planaltina, a concentração ocorreu em uma área que reúne três importantes equipamentos da assistência social: o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), o Centro de Convivência (Cecon) e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Ali, crianças, adolescentes, servidores, conselheiros tutelares, policiais e membros da comunidade seguiram juntos em uma caminhada pela Avenida Renato Bocayuva. Cartazes, palavras de ordem e músicas ampliaram o alcance da mensagem.
“A violência sexual muitas vezes se esconde dentro de casa. Por isso, é fundamental que a sociedade se mantenha vigilante e engajada”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, presente na mobilização. Ela também reforçou o papel da rede de proteção social mantida pela Sedes: “Os Cras acolhem e orientam as famílias, os Cecons trabalham na prevenção, e os Creas atuam diretamente nos casos de violação de direitos.”
Em outras regiões administrativas, como Estrutural, Paranoá e Itapoã, equipes dos centros de referência também foram às ruas com atividades de conscientização. O subsecretário de Assistência Social, Coracy Chavante, participou da caminhada na Estrutural, reforçando o compromisso da gestão com a causa.
Maio laranja
A campanha Maio Laranja tem como símbolo uma flor de cor vibrante, lembrando a fragilidade da infância e a urgência de sua proteção. Em tempos de informações rápidas e rotinas aceleradas, as caminhadas silenciam a pressa para dar lugar ao que não pode mais esperar: a defesa dos direitos de meninos e meninas.
Casos ou suspeitas de abuso e exploração devem ser denunciados por meio do Disque 100, nos Conselhos Tutelares, nas delegacias civis e especializadas, ou diretamente à Polícia Militar e Rodoviária. Falar, neste caso, é um ato de cuidado e coragem.