Cuidar de todos, sem se perder de si

Ser mãe é doar-se, mas também é reencontrar-se

Emilly Gomes
Por Emilly Gomes 2 Min Leitura
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Imagem: Freepik
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Acordar cedo. Preparar o café. Conferir a agenda das crianças. Resolver pendências do trabalho. Lavar roupa. Apresentar relatório. Preparar o jantar. E repetir, dia após dia.

Essa é a rotina de milhares de mulheres que acumulam o título de mãe com tantas outras funções que o mundo moderno exige. Elas são gestoras do lar, profissionais dedicadas, conselheiras, enfermeiras de madrugada e, ainda assim, frequentemente as últimas da fila quando o assunto é autocuidado.

Em meio a uma sociedade que cobra perfeição e produtividade, o autocuidado feminino acaba negligenciado, tratado como um capricho reservado a tempos “mais calmos” — que, sabemos, quase nunca chegam. Mas ele não pode mais ser adiado.

Autocuidado como ato de amor

Cuidar da aparência vai além de vaidade. É um reencontro com a própria identidade. Um banho sem pressa, um creme no rosto, dez minutos de silêncio com um café ainda quente. Pequenos rituais que ajudam a lembrar: “Eu também sou importante”.

O Dia das Mães se aproxima e, com ele, a enxurrada de homenagens, flores e almoços em família. Mas talvez o maior presente seja outro: espaço e tempo para que essas mulheres possam respirar por si. A beleza está, sim, na dedicação ao outro, mas floresce de verdade quando existe espaço para olhar com carinho para dentro.

Ser mãe é uma entrega intensa. Mas não deve significar abandono de si. Entre compromissos e carinhos, que sobre também um tempo para o espelho, para o corpo, para a alma. E que esse gesto, muitas vezes simples, seja entendido não como egoísmo, mas como coragem.

Neste Dia das Mães, que possamos lembrar: uma mulher que se cuida ensina, pelo exemplo, que amor próprio também é herança.

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