Em uma decisão histórica, o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil determinou, nesta quarta-feira (26) que o ex-presidente Jair Bolsonaro fosse julgado por tentativa de golpe de Estado. A acusação central é de que Bolsonaro, junto com aliados próximos, tentou subverter o processo democrático após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.
Detalhes da acusação
O Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncias contra Bolsonaro e outras 33 pessoas, incluindo ex-ministros e militares de alta patente. As acusações envolvem tentativa de golpe, organização criminosa armada e tentativa de abolir violentamente o Estado democrático de direito. Entre os denunciados estão figuras como Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); e Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente em 2022.
O “plano conspiratório”
Investigações revelaram um plano denominado “Punhal Verde Amarelo”, que visava causar caos social e político no país. O complô incluía ações extremas, como o assassinato de Luiz Inácio Lula da Silva e de um ministro do STF. A Polícia Federal identificou indícios de que Bolsonaro teria tido conhecimento e participação ativa nas articulações desse plano.
Reações e desdobramentos
Bolsonaro refutou as acusações, chamando-as de “aberração” e negando qualquer tentativa de golpe. Apesar de sua negativa, especialistas jurídicos apontam que as evidências apresentadas são robustas e podem resultar em condenações severas, com penas que podem ultrapassar 40 anos de prisão.