Usuários de aplicativos bancários enfrentaram dificuldades para realizar transferências via Pix na manhã desta segunda-feira (14). A partir de 1º de novembro, o sistema de pagamento instantâneo terá novas regras para reforçar a segurança. Entre as mudanças, estão melhorias nos processos de registro, exclusão e portabilidade das chaves Pix, além de ajustes na movimentação de recursos nas contas.
Segundo o Banco Central do Brasil, as novas diretrizes têm como objetivo combater fraudes, tornando o Pix mais seguro. As instituições financeiras serão obrigadas a adotar sistemas de gerenciamento de risco, identificar transações atípicas e informar os clientes sobre medidas de prevenção a golpes.
Principais mudanças
Entre as novas exigências, as instituições deverão utilizar ferramentas que detectem transações Pix fora do perfil do cliente, além de verificar periodicamente se há registros de fraudes envolvendo seus usuários. O objetivo é tratar esses casos com medidas adicionais de segurança, como o bloqueio temporário de transações suspeitas.
Para os clientes, novas regras também serão aplicadas. Transações Pix acima de R$ 200 só poderão ser feitas a partir de dispositivos previamente cadastrados, como celular ou computador pessoal. Transações abaixo desse valor poderão ocorrer sem cadastro prévio, desde que o limite diário não ultrapasse R$ 1.000.
Essas medidas visam dificultar fraudes que envolvem o uso de dispositivos roubados ou engenharia social, segundo Breno Lobo, chefe adjunto do Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central.
“As novas regras ajudarão a reduzir fraudes e permitirão que os bancos utilizem de forma mais eficaz os dados de segurança”, afirmou Lobo.