Diariamente, o lixo gerado na cidade é recolhido pelas equipes do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e destinado a um local próprio para recebê-lo. E, para que esses resíduos tenham um fim correto, há dois tipos de coleta: a convencional, para os orgânicos e rejeitos, e a seletiva, de materiais recicláveis. As coletas são realizadas em todas as regiões administrativas do Distrito Federal, de segunda a sábado, em dias alternados.
Porém, não são todos os membros da população que seguem o cronograma do SLU, que existe para facilitar a separação dos materiais. E não é por falta de acesso: os brasilienses podem conferir pela internet, na palma da mão, os dias e horários que o serviço estará disponível, no site do SLU ou pelo aplicativo SLU Coleta DF. O app está disponível nas plataformas Apple Store e Play Store.
O dispositivo pode, inclusive, emitir alertas sonoros quando os caminhões de coleta estiverem próximos da região selecionada. De acordo com o diretor-presidente do SLU, Luiz Felipe Carvalho, as campanhas de mobilização para conscientizar sobre a importância e a atenção em relação aos horários são de extrema importância, por facilitarem o recolhimento correto dos resíduos.
“A gente tem muito retrabalho em relação a quem coloca o lixo convencional fora do horário ou do tipo de lixo recolhido do dia. E atualmente qualquer pessoa com um celular tem a possibilidade de ajudar nesse sentido, com os horários e dias certos para a coleta. Nós estamos fazendo nossa parte, investindo permanentemente nos equipamentos públicos e na capacitação dos servidores. Mas a população deve fazer sua parte, porque só assim alcançaremos o status de cidade mais limpa do país”, destacou.
O órgão também atua com educação ambiental nas escolas, em eventos, nas empresas e órgãos públicos com palestras e a trupe do Teatro do SLU. “É um trabalho de educação ambiental forte nas escolas, com a intenção de fazer com que os alunos tenham essa consciência do descarte correto desde cedo”, acrescentou o diretor-presidente.
Equipamentos de limpeza pública
As regiões adjacentes ao Parque Nacional, como Cidade Estrutural, Vicente Pires, Granja do Torto, Taguatinga, Brazlândia, Sobradinho II, SIA e Lago Norte, são todas atendidas pelo SLU, tanto nas coletas quanto com equipamentos públicos de limpeza urbana. São mais de 2.200 toneladas de lixo coletadas diariamente na capital.
Em algumas localidades de difícil acesso, o SLU instalou papa-lixos para o armazenamento ambientalmente adequado até a hora da coleta. Já são mais de 600 equipamentos instalados em todo o DF para ajudar o cidadão a fazer o descarte correto e manter a cidade ainda mais limpa.
Também foram instalados 322 papa-recicláveis em diversos pontos do Distrito Federal para o descarte de materiais recicláveis, além dos 23 papa-entulhos para o recebimento de podas, galhadas, entulhos, móveis velhos e até mesmo recicláveis – serviços que estão disponíveis gratuitamente para a população. Além disso, mais quatro papa-entulhos estão em construção no DF, localizados no Riacho Fundo II, Granja do Torto (Lago Norte), Itapoã e Planaltina.
Um hábito simples
Segundo a diretora técnica do SLU, Andrea Almeida, 38% do resíduo coletado passam pela usina de tratamento. Então, quando os materiais vão misturados pode haver uma contaminação que gere perda do valor comercial dos recicláveis. Ela recordou, ainda, que por lei, o cidadão precisa participar da coleta.
“A separação do lixo deve ocorrer no interior da residência. Parece ser difícil, mas quando você se habitua a fazer esse descarte, você percebe que é muito simples. É como dirigir, com o tempo você faz no automático. O SLU garante uma rota tecnológica do resíduo de forma correta, mas é preciso a participação do cidadão da porta para dentro. Da porta para fora nós fazemos uma gestão do lixo que é uma das melhores do país. Inclusive, tem até a coleta ponto a ponto, que disponibiliza locais de coleta para quem perdeu o horário do caminhão. Opção não falta”.
Para colaborar no processo, é simples e basta ter duas lixeiras: uma para a coleta convencional, de orgânicos e rejeitos; e uma para a seletiva, que é do lixo seco. Em caso de dúvidas, há orientações no site e nos aplicativos, que destacam inclusive o que não descartar junto ao lixo comum, como pilhas, baterias, lâmpadas e outros materiais que podem ser tóxicos. Para o destino destes, existe uma logística reversa junto à Secretaria de Meio Ambiente (Sema-DF).
A diretora técnica frisa que, diariamente, o órgão recolhe cerca de duas mil toneladas de descarte irregular – um crime ambiental que configura multas de R$ 2 mil a mais de R$ 260 mil e pode causar proliferação de doenças, entupimento de bueiros e outros impactos ambientais negativos. Caso a população presencie algum descarte irregular, é possível acionar a Ouvidoria pelo 162.