Famílias do DF reduzem endividamento, mas inadimplência segue alta

Queda no endividamento não impede alta inadimplência no DF, alertam especialistas

Redação
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Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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O percentual de famílias do DF que relataram ter dívidas a vencer reduziu de 77,8%, em julho, para 75,7% em agosto, totalizando 800.457. Essa retração demonstra um esforço das pessoas com o objetivo de conter a inadimplência, que atingiu 39,4% no mês, face os 17% de agosto de 2023 – aumento de 131,76%. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic-DF) da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Em valores absolutos, o número de endividados teve redução de 21.320 pessoas em comparação ao mês de julho, mas 19.764 a mais quando comparado com o mesmo mês do ano passado. Já aquelas famílias com dívidas em atraso chegaram a 239.510 pessoas a mais que há 12 meses atrás.

Números

O número de inadimplentes saiu de 8,1%, em agosto de 2023, para 21,9%, em agosto de 2024 – 147.663 pessoas em valores absolutos. “De fundamental importância para aquecer o comércio, o endividamento das famílias no Distrito Federal entrou em ponto de alerta, haja vista o número recorde de pessoas inadimplentes. Isso compromete a capacidade de pagamento e eleva o risco de calote, ou seja, de que as pessoas que não tenham condições de honrarem com suas dívidas”, explicou o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire.

Da amostra, apenas 24,3% das famílias entrevistadas disseram não ter dívida. Outras 17,8% estão muito endividadas; 21,4% mais ou menos endividadas; e 24,3% pouco endividadas. Por tipo de dívida, cartão de crédito lidera com 63,2%, seguido de financiamento de casa (14,7%), financiamento de carro (14,7%), credito pessoal (12,4%) e cheque especial (4,2%).

Nas famílias, 52,1% afirmam ter alguma dívida atrasada, e 55,6% responderam que não terão condições de pagar.

A média de dias em atraso também vem se ampliando, saindo de 64 dias, em agosto de 2023, para média de 73 dias de atraso, segundo última pesquisa. Em meses comprometidos com dívidas, o índice saiu de 6,2 meses, em agosto de 2023, para 8,1 meses em agosto deste ano, em média.

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