O ex-presidente Jair Bolsonaro levantou questionamentos sobre a legalidade de sua estadia na embaixada da Hungria em Brasília, após ter seu passaporte apreendido pela Polícia Federal em fevereiro. Durante uma conversa com jornalistas em São Paulo, Bolsonaro indagou se há crime em dormir na embaixada e ressaltou a necessidade de evitar perseguições, mencionando casos anteriores de acusações.
Bolsonaro chegou à embaixada na noite de 12 de fevereiro e partiu dois dias depois. Durante sua estadia, foram registradas movimentações de funcionários da representação, incluindo a entrega de uma máquina de café por orientação do embaixador Miklos Halmai. Imagens também mostraram auxiliares do ex-presidente entrando e saindo da embaixada com itens pessoais, além de Bolsonaro, circulando pelo local e utilizando o celular.
Investigação policial
A ida de Bolsonaro à embaixada está sob investigação da Polícia Federal, com o ministro Alexandre de Moraes, do STF, solicitando esclarecimentos sobre a permanência do ex-presidente na representação diplomática. O Ministério das Relações Exteriores também convocou o embaixador Halmai para esclarecimentos, mas as respostas sobre a estadia de Bolsonaro foram evasivas. Os advogados do ex-presidente afirmaram que a hospedagem teve o objetivo de atualizar “os cenários políticos das duas nações”.