Eleições municipais de 2024 promete agitar o cenário político

Aumento histórico no fundo eleitoral de R$ 5 bilhões intensifica disputas e polarizações entre Lula, Bolsonaro e seus aliados

Paulo Cesar Sampaio
Por Paulo Cesar Sampaio 2 Min Leitura
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Imagem: José Cruz/Agência Brasil
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Prepare-se para um cenário político agitado a partir do dia 6 de outubro, quando se inicia o primeiro turno das eleições municipais de 2024, já apelidado por muitos como o “Terceiro Turno”. O motivo para a expectativa é o recente aumento no fundo eleitoral, aprovado pelos legisladores no final de dezembro, que atingiu a marca histórica de R$ 5 bilhões, mais que dobrando o valor de R$ 2 bilhões utilizado nas eleições de 2020.

Diante desse panorama, alguns políticos encaram as disputas deste ano como um termômetro para medir a influência de líderes como Lula e Bolsonaro entre os eleitores. O Partido dos Trabalhadores (PT) aposta no “efeito Lula”, enquanto o Partido Liberal (PL) de Bolsonaro concentra suas fichas na força da oposição, buscando transmitir a mensagem de insatisfação da população com o governo federal, com a meta ambiciosa de conquistar 1.000 prefeituras.

Polarização

Os dois maiores colégios eleitorais já demonstram uma polarização evidente. Lula e o PT apoiam Guilherme Boulos em São Paulo, enquanto o PL e Bolsonaro apostam em Alexandre Ramagem no Rio de Janeiro, na tentativa de derrubar Eduardo Paes, aliado do governo.

Um panorama das principais cidades com grande número de eleitores revela alianças estratégicas. Em Salvador, o PT se une ao MDB para apoiar o vice-governador Geraldo Júnior, com a oposição controlando a capital baiana, e o atual prefeito buscando a reeleição. Em Belo Horizonte, a expectativa gira em torno do ex-prefeito Alexandre Kalil, que, no entanto, deve apoiar Fuad Noman na busca pela reeleição. A direita, por sua vez, aposta em figuras ligadas a Bolsonaro, como Bruno Engler e Carlos Viana.

A movimentação política também chega a Fortaleza, onde deputados e senadores do Congresso Nacional podem se enfrentar, e em Porto Alegre, onde o atual prefeito deve enfrentar concorrência de figuras conhecidas da esquerda, como Manuela d’Ávila e Maria do Rosário. O palco está montado para um processo eleitoral intenso e decisivo.

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