Em meio às discussões em Brasília, deputados buscam aprovar um expressivo aumento de 150% no fundo eleitoral para o próximo ano.
Contexto
Em 2015, grandes empresas, como bancos e empreiteiras, desempenhavam um papel crucial como financiadores de candidatos durante as eleições. Contudo, a proibição das doações por pessoa jurídica pelo STF levou à criação de um fundo considerável para sustentar as campanhas eleitorais em anos subsequentes.
Em 2020, nas últimas eleições municipais, o fundo eleitoral atingiu a marca de R$ 2 bilhões. Agora, visando as eleições de 2024, a Câmara almeja um fundo ainda mais substancial, atingindo a cifra de R$ 5 bilhões.
Coincidentemente ou não, muitos deputados já se lançaram como pré-candidatos às prefeituras de suas respectivas cidades para o próximo pleito.
No entanto, para que esse aumento se concretize, a proposta precisa ser inserida no orçamento e receber aprovação do Congresso. Nesse cenário, senadores manifestam desacordo, questionando a lógica de manter o fundo municipal com a mesma verba destinada a candidatos a presidente, governadores e deputados federais no ano anterior.
Quanto à fonte desse montante adicional, a Câmara propõe cortes nas verbas de ministérios específicos, embora ainda não haja consenso sobre essa redistribuição.
Perspectiva futura
O projeto que estabelece as bases para o orçamento de 2024 deverá ser votado na próxima semana, sugerindo um aumento significativo de R$ 210 bilhões em comparação com o ano corrente.