Os miomas uterinos são tumores considerados benignos, isto é, não cancerígenos, mas que podem afetar negativamente a saúde de pessoas com útero e em idade reprodutiva (até a menopausa, entre 45 e 55 anos). O procedimento para solucionar o problema é escolhido levando em conta o tamanho e a localização do tumor. Os menores podem ser tratados com bloqueio hormonal ou com o uso de anticoncepcionais, enquanto os maiores precisam ser retirados por meio de cirurgia.
No Distrito Federal, as unidades da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) oferecem o tratamento clínico de monitoramento dos miomas – assim como os procedimentos cirúrgicos, que incluem miomectomia – a pessoas que ainda desejam engravidar, ou histerectomia a pacientes que já possuem filhos.
A princípio, o usuário pode ter acompanhamento nas UBSs [unidades básicas de saúde] e, em situações nas quais a cirurgia é indicada, há encaminhamento aos hospitais regionais da capital”
referência técnica distrital (RTD) em ginecologia Fabyanne Mazzuti.
Dependendo do lugar em que se encontram – cavidade uterina, na parede do útero ou na parte de fora do órgão -, os miomas podem causar dor, sangramento e, em alguns casos, infertilidade. “Quando [o mioma] se localiza dentro da cavidade uterina, pode atrapalhar a fertilidade porque ocupa uma área onde, potencialmente, o embrião poderia se implantar, então funciona como um corpo estranho dentro do útero”, explica o ginecologista e obstetra Nícolas Cayres,da SES-DF.
É possível ainda que esse tipo de tumor impacte o ciclo menstrual, deixando o fluxo mais intenso e longo, causando desconforto, dor e até mesmo anemia. Dessa forma, é essencial ter atenção aos sintomas. Em casos nos quais há alterações no fluxo menstrual, dor e sangramento atípico deve-se buscar a UBS de referência.
A recomendação é manter em dia a realização de exames ginecológicos, como a ecografia transvaginal, utilizada para diagnosticar os miomas. Grávidas, contudo, não devem utilizar esses tratamentos. Durante esse período, uma interferência nos miomas pode aumentar o risco de aborto espontâneo.