Diante da inflação registrada nos últimos três anos, e para manter o equilíbrio financeiro e atuarial do GDF Saúde, o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal (Inas) vai reajustar em cerca de 20% as mensalidades do plano a partir de 1º de setembro.
Para o titular, o valor mínimo passará de R$ 400 para R$ 490. Já o valor máximo sobe de R$ 1 mil para R$ 1.190. Para os dependentes, os valores variam entre R$ 230 e R$ 490, conforme a faixa etária.
“Esses valores ainda são inferiores aos praticados nos planos privados, mantendo-se vantajosos tanto para os beneficiários mais jovens quanto para os mais idosos”, pontua o diretor de Finanças do Inas, Luciano de Barros.
“Com essa mudança, o aumento estimado de receita mensal do Inas será de R$ 4,5 milhões – que, aliado a outras medidas de saneamento, permitirá o equilíbrio financeiro e a sustentabilidade do plano GDF Saúde para os próximos anos”, avalia Barros.
Previsão
“Para manter o plano ativo, além da participação dos beneficiários, o GDF arca com quase a metade de toda a despesa; no entanto, os custos mensais estão aumentando a cada dia” explica a diretora-presidente do instituto, Ana Paula Cardoso.
O reajuste anual está previsto na lei de criação do plano (lei nº 3.831/06) e também na lei que rege os reajustes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Conforme estudo atuarial realizado pelo GDF Saúde, existe uma projeção de déficits financeiros crescentes para os exercícios de 2023, 2024 e 2025, caso não haja alteração em seu custeio. Hoje, as despesas totais do plano estão em torno de R$ 70 milhões por mês.
Padrão
“O GDF Saúde é um patrimônio que o governador Ibaneis está deixando para Brasília, e temos que cuidar bem dele para que esteja à disposição dos servidores do DF por muito anos”, ressalta Ana Paula Cardoso.
O Inas vai adequar as mensalidades ao aumento dos preços verificado nos últimos três anos. Entre outubro de 2020 e julho de 2023, o IPCA subiu 23,67%, e o IGP-M, 26,80%. No mesmo período, a ANS autorizou reajustes da ordem de 25,71%. Considerando os custos do mercado de saúde, apenas entre 2020 e 2022, houve um aumento no custo médico hospitalar de cerca de 38,38%, bem acima dos outros índices de preços.
Participação
Criado em 2020, o GDF Saúde atualmente representa um marco na garantia de acesso às melhores clínicas e hospitais particulares locais para os servidores do Distrito Federal e seus familiares. O plano, que inicialmente contava com cerca de 20 mil beneficiários, já alcançou a marca de 85 mil vidas atendidas, em julho de 2023.
Além de acessível ao servidor público, o GDF Saúde oferece uma rede de atendimento de excelente qualidade e que está distribuída por todo o DF. Por ser um plano de autogestão, o modelo de financiamento das despesas assistenciais do GDF Saúde ampara-se na contribuição patronal do GDF e na contribuição recolhida de seus beneficiários.