Paratleta de Ceilândia é pré-convocado para os Jogos Parapan-Americanos

Ricardo Serpa é recordista brasileiro e referência na categoria de atletismo T34, classe de corrida em cadeira de rodas. Ele treina no Centro Olímpico e Paralímpico (COP) da Vaquejada

Redação
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Imagem; Divulgação/ Agência Brasília
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O paratleta Ricardo Serpa, de 29 anos, está entre os competidores de atletismo pré-convocados para a disputa dos Jogos Parapan-Americanos de 2023, em Santiago, no Chile, entre os dias 17 e 26 de novembro. Serpa treina no Centro Olímpico e Paralímpico (COP) da Vaquejada, em Ceilândia, e é uma das referências nacionais na modalidade. Entre 27 de agosto e 3 de setembro, o paratleta estará com a seleção brasileira para o camping latino-americano de atletismo em cadeiras de rodas, em São Paulo. A competição definirá os convocados aos Jogos Parapan-Americanos de Santiago.

Atualmente, Serpa está entre os recordistas brasileiros na categoria de atletismo T34, classe de paratletas de corrida em cadeira de rodas diagnosticados com paralisia integral dos membros inferiores. Ele é o dono dos melhores resultados nacionais nas corridas de 100, 200, 400, 800 e 1.500 metros rasos. Além disso, coleciona conquistas em torneios regionais, nacionais e internacionais.

Para seguir competindo em alto nível, o paratleta utiliza, há pelo menos quatro anos, de toda infraestrutura oferecida pelo COP da Vaquejada, em especial a pista de 400 metros, uma das únicas em todo Distrito Federal. “Já são quatro anos correndo no COP, de segunda a sábado, e também utilizando a piscina para fazer treinamentos regenerativos”, explica.

“Para a gente que usa cadeira de rodas para competir, é mais difícil ainda achar uma boa pista. Essa estrutura do COP é uma das mais completas, me oferece um cenário de preparação semelhante ao que vou enfrentar nas competições”, completa.

Antes da inauguração da unidade, Serpa, que é morador de Ceilândia, recorria a longas viagens de ônibus para poder treinar no Centro Integrado de Educação Física (Cief), na Asa Sul. “Eu levava 1h30 no deslocamento. Agora, chego em 20 minutos. Até por este motivo, logo que inaugurou esse centro olímpico mais perto de casa, eu conversei com o diretor, que me cedeu o espaço para treinar”, relata.

Hoje, Serpa está em busca de patrocínios para viabilizar a compra de uma cadeira de corrida de carbono. O equipamento custa, em média, R$ 33 mil. “Atualmente, eu treino usando uma cadeira de alumínio, que não é a ideal para competir. Tanto é que nas competições eu costumo pegar emprestado de outro atleta da mesma categoria, com medidas semelhantes às minhas”, finaliza.

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