Estudos mostram que em torno de 80% da população tem, teve, ou terá dor nas costas, e dentre esses em sua maioria na região lombar. Esta segue como a 3ª no rank de causas de aposentadoria por invalidez, segundo a Organização Mundial de Saúde.
Dores nas costas que irradiam pelo menos para uma das pernas, em alguns indivíduos chegam a durar quase um ano ou mais, isso ocorre em três a cada dez pessoas. Uma das causas comum de dores nas costas conhecida, é por conta de hérnias de disco, ou a chamada “ciática”, se a localização da hérnia for na região lombar. Porém também acontece em outras regiões da coluna, podendo ser na cervical ou torácica. Muitas das vezes, tem um impacto negativo na qualidade de vida das pessoas afetadas. Manter um estilo de vida sedentário, onde se passa mais tempo durante o dia sentado estudando, em jogos de celulares/computadores ou trabalhando, pode colaborar para o aumento da prevalência de muitas doenças.
Na coluna vertebral existem as vértebras e entre elas os discos que funcionam como se fossem “almofadas”, esses amortecem as cargas às quais a coluna é submetida. Normalmente quando os discos afetados estão localizados entre a quarta e quinta vértebra lombar, e entre a quinta vértebra lombar e o sacro, muitos pacientes podem apresentar: dor de grande intensidade na parte inferior das costas, dor no trajeto do nervo ciático que irradia da região lombar, descendo para os glúteos, coxas, pernas e calcanhares. Aquela dor apelidada por alguns “dor que desce como um choque”, sensação de formigamento e dormência pela perna, além de fraqueza na perna e pé.
Má postura e obesidade
Adolescentes e adultos jovens até 25 anos fizeram parte de um estudo onde foi constatado que a obesidade, postura sentada de forma incorreta por mais de 6 horas, estão associadas a fatores de risco para aparecimento de hérnias de disco. “O hábito de posturas preguiçosas” (com as costas relaxadas no encosto de sofás ou cadeiras e o quadril deslizado para frente), causa maior estresse na coluna e aumenta a possibilidade de degeneração do disco, por conta da carga desigual em uma coluna que por muitas vezes é em um indivíduo com obesidade ou sedentário, onde apresenta fraqueza da musculatura dorsal e abdominal.
Ainda existe o grupo os quais são praticantes de alguma atividade física, sem acompanhamento ou fazem exercícios de forma inadequada e com sobrecarga. Por fim, todos os aspectos citados acima podem ser regulados com a adoção de hábitos de vida saudável, como; exercício físico regular orientado e adequado à estrutura corporal de cada um.
Faz-se importante o aquecimento antes dos treinos do esporte de sua escolha, isso influencia na elasticidade muscular e mobilidade da coluna, podendo reduzir riscos de acidentes e traumas inesperados.
Acompanhamento especializado
Nos casos onde o diagnóstico é confirmado, sempre deixa o paciente mais tranquilo ser acompanhado por profissionais especializados, sejam esses fisioterapeutas, profissionais da educação física ou médicos. Em grande parte o tratamento de início é o que chamamos de “conservador”, o que inclui os medicamentos e fisioterapia, com a educação da postura correta, terapias cognitivo-comportamental, terapia manual e em seguida o treino orientado de fortalecimento muscular. Nos casos onde não se obtém sucesso no tratamento conservador, o paciente pode ser encaminhado para um procedimento minimamente invasivo chamado bloqueio e ou infiltrações com anestésicos e corticoides. Uma porcentagem dos casos que chegam a ser tratados através da retirada da hérnia, seja por endoscopia, ou por meio da cirurgia propriamente dita.
Então, para que se evitem transtornos com a saúde da coluna, o que acaba envolvendo a rotina familiar, hábitos saudáveis são muito importantes para vida de todos!