Desde hoje (15), o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Distrito Federal (Cievs-DF) disponibilizou dois canais de atendimento 24 horas para receber informações e orientar a respeito de possíveis casos de febre maculosa no Distrito Federal. O contato é exclusivo para viajantes que estiveram nos últimos 15 dias em áreas com transmissão da doença e apresentem sintomas como febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, mal-estar generalizado, náuseas e vômitos.
“Precisamos ampliar o nosso foco para todas as pessoas que estiveram naquela região”
Fabiano dos Anjos, diretor da Vigilância Epidemiológica
O diretor de Vigilância Epidemiológica do DF, Fabiano dos Anjos, explica que a Secretaria de Saúde vai realizar um monitoramento amplo, indo além do evento em Campinas (SP), onde pessoas contraíram a doença e morreram. “Precisamos ampliar o nosso foco para todas as pessoas que estiveram naquela região”, explica. Ele lembra que procedimento semelhante foi adotado, por exemplo, quando ocorreu a chegada da MPox (doença inicialmente chamada de “Varíola dos Macacos” e posteriormente de Monkeypox) e de variantes da covid-19.
Nenhum caso no DF
Não há nenhum registro de casos confirmados nem suspeitos no DF. Ainda assim, a Secretaria de Saúde orientou os servidores dos hospitais e das unidades básicas de saúde a respeito do acolhimento a pessoas com suspeita da doença. Será realizado o teste diagnóstico e, dependendo dos sintomas, o tratamento será iniciado imediatamente. O sinal clínico mais importante da febre maculosa são as manchas vermelhas na pele, que aparecem geralmente entre o 3º e 5º dia após o início dos sintomas.
“O Distrito Federal não é uma área endêmica das doenças transmitidas pelo carrapato”, afirma o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero. Não há casos registrados de óbitos por febre maculosa no DF há 20 anos.
A doença não é transmitida de pessoa para pessoa. A bactéria R. rickettsii é propagada aos humanos e aos animais apenas por meio da picada do carrapato-estrela ou micuim, nomes populares da espécie Amblyomma cajennense. Esses parasitas podem viver sobre a pele de cães, bois, gambás, coelhos, cavalos e capivaras, dentre outros animais.
Serviço
- Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Distrito Federal (CIEVS-DF)
- (61) 99221-9439 e (61) 99145-6114
- notificadf@saude.df.gov.br