No dia 6 de maio, é comemorado o Dia Internacional sem Dieta. Não é à toa que trago no artigo desta semana um pouco da relevância do papel do nutricionista na saúde e na qualidade de vida. Quando embarquei no navio da nutrição comportamental, não imaginava os inúmeros desafios que me esperavam.
Para quem não sabe, a nutrição comportamental é uma abordagem terapêutica que se concentra no relacionamento entre a alimentação e as emoções, crenças e pensamentos de um indivíduo. Essa abordagem é fundamental no tratamento de distúrbios alimentares, como anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno de compulsão alimentar.
Ao contrário das dietas restritivas, que muitas vezes agravam esses distúrbios, a nutrição comportamental aborda as causas subjacentes aos problemas alimentares, trabalhando em conjunto com o paciente para desenvolver um plano alimentar que seja saudável, prazeroso e sustentável em longo prazo.
As dietas restritivas podem parecer a solução rápida para perda de peso, mas a realidade é que elas são prejudiciais à saúde. Elas podem levar a deficiências nutricionais, aumento do risco de distúrbios alimentares, perda muscular e metabolismo lento. Além disso, as dietas restritivas criam uma mentalidade de tudo ou nada, onde os alimentos são classificados como bons ou maus, o que pode levar a uma relação disfuncional com a comida e sentimentos de culpa e vergonha quando se consome alimentos considerados “proibidos”.
Moderação
Por outro lado, em meu consultório, encorajamos os pacientes a abraçarem uma abordagem de “tudo com moderação” e a apreciarem a comida como uma fonte de prazer e nutrição do corpo e da alma. Busco ensinar às minhas pacientes ouvirem seus corpos e responderem às suas necessidades nutricionais, em vez de seguirem uma lista de regras estritas e uma lista de alimentos que são proibidos ou permitidos.
Defendo sempre que acolher as pacientes sob a ótica de uma abordagem mais holística, mais humana e principalmente mais inclusiva, pode ser um grande aliado para o emagrecimento e principalmente para o tratamento de distúrbios alimentares e todas as outras questões de saúde e bem-estar. É fundamental ajudá-las a perceber as causas subjacentes a esses problemas para que possam desenvolver uma relação saudável, sustentável e equilibrada com a comida.
Muito bom concordo plenamente,pena que muitas pessoas não levam a sério .