Biscoitinhos, peças de crochê, garrafas de licor e chaveiros. A banca 96 da Torre de TV vende mais do que artesanatos e quitutes. O espaço trabalha, principalmente, com autoestima e independência financeira. Inaugurado neste sábado (10), o box da Secretaria de Mulher é voltado para a comercialização de produtos feitos pelas integrantes do Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e Cerrado.
“Neste primeiro momento, temos 17 artesãs expondo na feira, as primeiras que mostraram interesse em comercializar seus produtos aqui”, comenta a secretária de Mulher, Vandercy Camargos, durante a cerimônia de inauguração do box. “Mas, indiretamente, muitas outras são beneficiadas. Porque existe toda uma rede de mulheres por trás de cada uma dessas produtoras.”
Funcionamento
Uma escala mensal montada entre as interessadas determina as responsáveis pela comercialização, organização e limpeza da banca. O horário de funcionamento segue a agenda dos demais boxes da Feira da Torre de TV: de quarta-feira a domingo, inclusive nos feriados, sempre das 9h às 18h. Qualquer mulher que compõem o fórum pode se candidatar a participar do projeto.
O Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e Cerrado é composto por representantes do Governo do Distrito Federal (GDF) e da sociedade civil. A finalidade do grupo é debater propostas voltadas ao enfrentamento da violência, contribuir para autonomia econômica e ampliar a qualificação profissional das mulheres rurais.
Dignidade
Depois de quase 30 anos comercializando seus produtos na rua, a artesã Elizabeth Nunes da Silva, 56 anos, vê a banca da Secretaria de Mulher como um sonho realizado. A moradora do Acampamento Leão de Judá, às margens da BR-060, tira da venda de peças de crochê o sustento para criar sozinha seus cinco filhos. “Agora posso expor os meus produtos com dignidade e segurança”, comemora.
O assessor especial da subsecretária de Mobiliário Urbano e Apoio às Cidades, Frederico Cavalcante Soares, afirma que a conquista do box na Torre de TV marca apenas o início do programa. “Temos possibilidade, com previsão legal, inclusive, de expandir esse projeto para outras feiras do Distrito Federal”, garante.