Todo mundo tem aquele lugar em que mais se sente bem (sem ser a nossa casa… Não é à toa que muita gente diz: ‘Viajar é bom demais, mas voltar para casa é melhor ainda!), em que tudo parece fazer bem, desde a comida até as pessoas, em que só de pensarmos bate aquela saudade por tudo que vivemos ali e pelas sensações boas que automaticamente surgem.
No meu caso, esse lugar é a Grécia. Grande parte das pessoas que me acompanham no meu insta (@elaeasviagens) sabem o quanto esse país me encanta. Na primeira vez que estive em solo grego, em 2012, não imaginava o quanto ele ficaria em minha memória, mas é sempre assim… A gente dá mais valor quando as lembranças de viagem vêm à tona! Rs!
Com a Grécia, foi amor à primeira vista. Lembro de ficar encantada com as pessoas (o acolhimento com o turista é lindo, eles fazem questão de te tratar como o turista mais importante dali), com a comida (a alimentação mediterrânea, levinha, para mim, que tenho problemas com glúten e lactose, é como um abraço quentinho em um dia frio), com as paisagens… Realmente, aquele país é a morada dos deuses.
Estar ali, vendo aquele mar que tem cor azul-petróleo e azul-clarinho ao mesmo tempo, dependendo da parte da ilha em que a gente está, foi como me achar, achar o meu lugar. Meu sobrenome é Artemis, deusa grega da caça, da fertilidade, por meus pais gostarem de mitologia, e hoje tenho a real noção de que a Artemis que habita em mim sorriu todos os dias em que estive nesse país encantador (e me pede para voltar todos os dias também! Rs!).
Minha primeira viagem para solo grego foi tão querida, tão marcante, tão incrivelmente gostosa, que retornei, e sempre que abro o mapa-múndi avaliando novos roteiros, meus olhos me levam à Grécia. Ver aquelas construções que datam de tempos praticamente inimagináveis; aprender um pouco sobre os deuses, os quais eles estão sempre citando, como o deus Helius, deus do sol; sentir a natureza naquelas rochas, praias e trilhas e tantas outras experiências me fazem sempre querer novamente e novamente e novamente e novamente.
Sempre tento perceber após as minhas viagens o que realmente gostei dos lugares, e de lá foi absolutamente tudo. Geralmente, voltamos com várias impressões e algumas não tão boas, de algum museu, comida ou tratamento que possamos ter recebido por um local, mas de lá não tem nada que eu pense e diga: ‘Mas…’. Achei meu lugar.
Amei tanto, que, após minha segunda ida, quando retornei, falei para mim mesma: “Vou fazer faculdade de filosofia, quero entender mais ainda dessa cultura”. E assim fiz, algum tempo depois comecei a graduação e pude todos os dias estudar, entender mais desse lugar considerado o ‘berço da filosofia ocidental’.
Cursar ‘filo’, como chamo carinhosamente, foi me debruçar em assuntos totalmente desconhecidos, passar noites refletindo (fazendo o que a filosofia realmente nos propõe: questionar) e me sentir mais próxima dos helênicos. Foi sofrido, confesso (fazer uma segunda graduação anos e anos após a primeira não é tão simples, pelo menos para mim não foi…), mas também foi incrível. Incrível poder mergulhar em algo que a gente ama de uma forma tão intensa. No fim de 2021, eu me formei. Guardei o diploma, mas a vontade de retornar a Atenas só cresceu. Poder imaginar Sócrates andando com seus discípulos pelas ruas filosofando e mais tantos assuntos que estudei, como diz a propaganda, ‘não tem preço’.
As viagens despertam paixões adormecidas ou criam, sempre digo isso. A Artemis que mora em mim que o diga.
Ah! E o título não poderia ser em outra língua que não o grego. Eu disse: ‘Grécia, um lugar que eu amo’.