Em uma movimentação ousada no cenário global, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (9), uma elevação drástica nas tarifas aplicadas a produtos chineses, que passam agora a ser taxados em 125%. Ao mesmo tempo, decidiu aliviar a pressão sobre outras economias: suspendeu tarifas extras para 75 países e reduziu a alíquota para 10% por 90 dias.
A medida, apresentada como estratégia de enfrentamento à crise do fentanil e às práticas comerciais da China, ecoou rapidamente nos mercados. Wall Street respondeu com entusiasmo. O índice Nasdaq saltou 12%, o S&P 500 subiu 9,5% e o Dow Jones teve alta de 8%. Gigantes como Tesla, Apple, Nvidia e AMD puxaram os ganhos.
Estamos no caminho para a prosperidade, declarou Trump durante coletiva, ao justificar o aumento contra Pequim. Para ele, a China se comporta como um jogador hostil no comércio global.
A nova taxação atinge em cheio setores estratégicos, entre eles o de tecnologia e manufatura.
Retaliação chinesa
A decisão veio após a China impor tarifas de até 84% sobre veículos americanos, em represália às medidas anteriores dos EUA. O governo chinês reagiu à nova rodada de sanções acusando Washington de adotar ações unilaterais que ferem as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC) e enfraquecem a cooperação internacional.
Enquanto endurece com a China, Trump aposta na aproximação com outras nações. Segundo ele, diversos países demonstraram interesse em renegociar acordos comerciais depois que os EUA indicaram disposição para ajustar suas tarifas.
A jogada, típica do estilo negociador do ex-presidente, reacende debates sobre protecionismo, diplomacia econômica e os limites do poder comercial dos Estados Unidos no mundo. Ainda não se sabe até que ponto essa ofensiva surtirá efeito positivo nas relações com Pequim — ou se acirrará ainda mais uma guerra comercial já turbulenta.