Entre forjas e flechas

7º Salão Brasiliense une cuteleiros de todo o país e destaca a cultura outdoor

Giza Soares
Por Giza Soares 4 Min Leitura
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Imagens: Giza Soares/JCF
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Realizado neste fim de semana, nos dias 5 e 6 de abril, o 7º Salão Brasiliense de Cutelaria movimentou o CTG Estância Gaúcha do Planalto, reunindo cuteleiros de diversas partes do Brasil em uma programação intensa com exposições, oficinas, demonstrações de forjamento e o aguardado concurso das melhores peças do ano.

Sob coordenação de Silvana Mouzinho e Milton Hoffmann, o evento reforça o protagonismo de Brasília na cena nacional da cutelaria, ao mesmo tempo em que amplia horizontes ao integrar outras expressões da cultura outdoor. Entre as participações especiais que enriqueceram a experiência do público, estiveram:

Seta Arqueria: com demonstrações e explicações sobre o universo do arco e flecha, a equipe mostrou como a prática pode ser tanto esporte quanto ferramenta de sobrevivência, atraindo desde iniciantes até atletas experientes.

Escola Nemofilista de Bushcraft: fundada por Humberto Cerrado, apresentou técnicas de sobrevivência na natureza, promovendo conexão ambiental, saúde física e bem-estar mental.

Carving Clube Cerrado: trouxe a arte do carving em madeira, com esculturas ao vivo e oficinas sobre como transformar madeira em arte funcional e decorativa.

Guilda Bushcraft: grupo dedicado ao estilo de vida ao ar livre, promoveu rodas de conversa e vivências sobre trilhas, camping e técnicas tradicionais de sobrevivência.

O salão contou com 59 expositores vindos de vários estados, incluindo a artesã de joias exclusivas Cintia Falkenbach. O público também pôde vivenciar atividades interativas como arco e flecha e acompanhar demonstrações de técnicas medievais de torneamento de madeira. O espaço do CTG ainda ofereceu almoço com pratos típicos, como churrasco e feijão campeiro.

Entre os destaques da programação esteve Cleber Mello, presidente da Associação Brasiliense de Cutelaria, que venceu as categorias melhor canivete tradicional e melhor canivete tático. Ele também já participou de um desafio latino-americano sobre técnicas de fogo, voltado ao universo do bushcraft e da sobrevivência.

Carlos Brito bateu o recorde de premiação no Salão Brasiliense, conquistando 7 reconhecimentos em diferentes categorias e se consagrando como o grande nome da edição 2025.

Confira os premiados da edição 2025, Prêmio Gustavo Tedesco Engel:

  • Aloysio Augusto – Melhor iniciante
  • Andrey Cora – Melhor faca gaúcha, Melhor Keyhole
  • Carlos Brito – Melhor lâmina de arte, Melhor faca de cozinha, Melhor faca tática, Melhor brut forge, Melhor faca de campo, Melhor lâmina em aço damasco, Melhor lâmina em colaboração (com A. de Lima)
  • Rafael Mendonça – Melhor faca de lutaR. Ceschini – Melhor adaga
  • Daniel Dynia – Melhor faca de caça, Melhor faca Bowie, Melhor lâmina em aço carbono
  • Wellington Camalote – Melhor bainha
  • Gustavo Schuenck – Melhor lâmina integral, Melhor machado, Melhor San Mai
  • Assis Lira – Melhor faca nordestina
  • Cleber Mello – Melhor canivete tradicional, Melhor canivete tático
  • Isaías Dariva Santos – Melhor espada

Ao todo, foram entregues 25 prêmios em diversas categorias. O grande destaque foi Carlos Brito, com 7 prêmios. Daniel Dynia conquistou 3 prêmios, seguido por Gustavo Schuenck com 3 prêmios. Já R. Ceschini, Andrey Cora e Cleber Mello receberam 2 troféus cada.

A premiação reconheceu a excelência de artesãos de todo o país e fortaleceu ainda mais o nome de Brasília como um dos polos da cutelaria artesanal no Brasil.

O evento segue neste domingo, das 10h às 18h, com visitação aberta ao público, venda de peças exclusivas e experiências imersivas em torno da arte da lâmina e da vida ao ar livre.

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