PGR se posiciona contra viagem de Bolsonaro aos EUA e decisão fica com Alexandre de Moraes

Procurador-geral da República alega ausência de interesse público e necessidade urgente na solicitação de Bolsonaro para participar da posse de Donald Trump

Redação
Por Redação 2 Min Leitura
2 Min Leitura
Procurador-geral da República se manifesta contra pedido de Bolsonaro para viajar aos EUA, enquanto decisão sobre a liberação do passaporte aguarda análise do STFImagem: arquivo/agência Brasil
ouça o post

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou contra o pedido de Jair Bolsonaro para reaver seu passaporte e viajar aos Estados Unidos. O ex-presidente solicitou autorização para participar da cerimônia de posse de Donald Trump, marcada para 20 de janeiro em Washington. Contudo, a manifestação do PGR, enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), aponta que a viagem não representa um interesse público relevante e não justifica a liberação do passaporte retido desde fevereiro de 2024.

Segundo o Ministério Público Federal, o ex-presidente não apresentou provas de que sua viagem atendesse a uma necessidade urgente ou a um interesse vital. A posição do PGR destaca que o interesse público deve prevalecer sobre a liberdade de deslocamento do ex-presidente, especialmente considerando a situação de ordem pública que resultou na apreensão de seu passaporte no âmbito da Operação Tempus Veritatis. A investigação da Polícia Federal apura supostas tentativas de Bolsonaro e aliados de promover um golpe de Estado.

Defesa reforça pedido

Além disso, o procurador reforçou que o ex-presidente não possui status de representação oficial do Brasil, o que, em sua visão, torna irrelevante sua presença na cerimônia nos Estados Unidos. Em resposta à manifestação do PGR, a defesa de Bolsonaro argumentou que a viagem tem grande importância internacional, mas foi incapaz de fornecer evidências concretas do convite formal por parte do governo americano.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, será o responsável por decidir se autoriza ou não a devolução temporária do passaporte. Em uma primeira análise do pedido, Moraes solicitou que a defesa apresentasse um documento oficial dos EUA comprovando o convite, visto que o único registro enviado até o momento foi um e-mail não identificado.

A análise de Moraes será decisiva para determinar se Bolsonaro poderá participar da posse de Trump ou se permanecerá no Brasil enquanto as investigações sobre sua conduta política continuam.

Compartilhe esse Artigo
Deixe sua opnião
Verified by MonsterInsights