A febre é um dos sintomas mais comuns em pediatria e, embora preocupe os pais, é importante entender que ela é, na maioria das vezes, uma aliada do organismo. A febre é uma resposta natural do corpo a infecções, sinalizando que o sistema imunológico está em ação contra agentes invasores, como vírus ou bactérias.
O manejo da febre é simples, mas requer cautela. Medicamentos antitérmicos, como paracetamol ou ibuprofeno, são eficazes para aliviar o desconforto, mas devem ser administrados com prescrição médica. Banhos podem ajudar a baixar a temperatura, mas o uso de álcool é contraindicado, pois pode causar vasoconstrição e aumentar a febre.
Em crianças, a febre é definida como uma temperatura corporal acima de 37,8°C quando medida por via axilar. No entanto, nem toda febre é motivo de alarme. Infecções virais como gripes e resfriados, são as causas mais comuns e, geralmente, se resolvem sem complicações. Em contrapartida, febres altas e persistentes podem ser um sinal de infecções bacterianas, como otite ou pneumonia.
Sinais de alerta
Sinais de alerta incluem febre acompanhada de prostração extrema, dificuldade para respirar, convulsões febris, recusa alimentar ou manchas no corpo. Em lactentes menores de três meses, qualquer febre deve ser avaliada imediatamente por um pediatra.
Uma pesquisa realizada em Brasília mostrou que cerca de 30% dos atendimentos pediátricos de urgência têm a febre como principal queixa. Isso reflete não apenas a alta prevalência do sintoma, mas também a ansiedade dos pais diante de sua presença.
Mitos sobre a febre
Mitos sobre febre, como “febre alta causa danos cerebrais” ou “a febre precisa ser eliminada imediatamente”, contribuem para o uso excessivo de medicamentos. É importante lembrar que a febre é uma resposta protetora e, em muitos casos, não há necessidade de tratá-la agressivamente.
Prevenir infecções que causam febre passa por medidas básicas de higiene, vacinação e boa nutrição. Manter as crianças bem hidratadas também ajuda o organismo a lidar melhor com o aumento da temperatura.
O acompanhamento pediátrico é essencial para monitorar a evolução da febre e garantir um diagnóstico preciso. Lembre-se: a febre é um sintoma, não uma doença, e seu tratamento deve sempre focar na causa subjacente.