O ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 35 nomes, incluindo ex-integrantes de seu governo, foram indiciados pela Polícia Federal por crimes relacionados à tentativa de golpe de estado após as eleições de 2022. O relatório final do inquérito, com 800 páginas, foi terminar nesta quinta-feira (21) e será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro é acusado de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa. Entre os nomes que aparecem no indiciamento são figuras de alta relevância do governo anterior, como os generais Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, que foi candidato a vice na chapa presidencial derrotada em 2022.
A investigação também abrange o delegado Alexandre Ramagem, ex-presidente da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), e Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), ao qual Bolsonaro é filiado.
A Procuradoria Geral da República (PGR) avaliará se apresentará denúncia formal contra os indiciados. Caso isso aconteça, o STF será responsável pelo julgamento dos envolvidos.
O relatório é mais um desdobramento das investigações que visam esclarecer as ações de resistência ao resultado eleitoral que levou Luiz Inácio Lula da Silva à presidência. As consequências do julgamento poderão moldar o futuro político do país e reforçar o compromisso das instituições com a democracia.