Furtos de cabos tiram a paz de Taguatinga

Crimes frequentes causam prejuízos e expõem riscos para comerciantes e moradores

Marcelo Amaral
Por Marcelo Amaral 4 Min Leitura
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Imagens: Mara Lima/JCF
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Pelo menos quatro furtos grandes de cabos de energia aconteceram no último mês em Taguatinga, na região central, mais especificamente na C-12. No sábado (24) os ladrões voltaram a agir na caixa de energia em frente ao prédio da Stop Lanches e da Fênix produtos importados e nacionais. Foram furtados pelo menos 70 metros de cabos, deixando os seis prédios que formam o conjunto comercial sem energia em várias de suas unidades.

“É a coisa mais comum aqui no centro. E no Distrito Federal está virando febre roubar cabos de energia”, destacou Fernando Vieira, que é técnico na Nova Engenharia, que presta serviços para a Neoenergia. Segundo ele, os furtos acontecem todos os dias, mais no horário da madrugada. “É um tipo de furto que a polícia tem como combater diretamente sem a ajuda da população, porque ele acontece em todo o DF”, afirma o técnico. Se forem compultados os furtos que aconteceram na C-12 nos últimos 30 dias, mais de 250 metros de cabos de energia de alta voltagem foram furtados nas imediações da quadra. Desta vez a falta de energia atingiu alguns comércios e apartamentos do prédio da Stop Lanches, Fênix Eletrônicos e presentes e a Drogaria Rosário. Lá estão instalados entre outros comércios, escritórios de advogados, ourives, dentistas e uma escola de consertos de celular. Uma boa parte dessas empresas e dos apartamentos ficou às escuras.

Por falta de uma administração central dos prédios ou um condomínio é quase impossível avaliar o tamanho do prejuízo que empresários e moradores sofreram de sábado até a terça (27).

João Pedro, do Stop Chaveiros, enfrenta os desafios diários causados pelos constantes furtos de cabos na cidade

No meu apartamento não fui atingido pela queda de energia. Os cabos são divididos em três fases para o prédio e no andar onde eu moro não ficamos no escuro, mas o meu primo que mora um andar acima do meu está sem energia desde sábado”, afirmou João Pedro, do Stop Chaveiros que mora em um dos prédios.

O gerente da Fênix eletrônicos e presentes, Enzo Botelho reclamou mais da demora para resolver o problema “Estamos desde ontem sem energia e para uma loja que trabalha com artigos eletrônicos, isso é horrível. A Neoenergia ou as empresas que prestam serviço à ela poderiam ser mais ágeis neste sentido”, disse.

Risco de morte

“Se a pessoa que furta os cabos tivesse noção do risco que ela corre quando pratica o delito, nunca mais tocaria em uma caixa daquelas. Tem caixa dessas que trabalham com 1 mil, mil e 200 Whats e isso é perigoso para nós, imagina para uma pessoa que está se aventurando para ganhar alguns trocados”, disse Fernando Vieira.

A média de ocorrências no Distrito Federal supera em muito 50 a 60 por BOs no mês. A PMDF divulga o número 190 para qualquer episódio flagrado pelos usuários.

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