Fumaça cobre Brasília devido a incêndios em São Paulo

Vento e alta pressão atmosférica trazem fumaça para o Distrito Federal, agravando problemas respiratórios e aumentando risco de incêndios

Danieli Aguiar
Por Danieli Aguiar 3 Min Leitura
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Imagem: Reprodução
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Brasília amanheceu neste domingo (25) envolta em uma densa camada de fumaça, resultado de incêndios que ocorrem no interior de São Paulo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a mudança na direção do vento, aliada a um sistema de alta pressão, impediu a dissipação da fumaça, fazendo com que ela chegasse até a capital federal.

Inicialmente, a corporação havia atribuído a fumaça aos diversos incêndios ocorridos ao longo da semana no Distrito Federal, mas a informação foi corrigida mais tarde. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) esclareceu que a presença da fumaça no céu de Brasília resulta da combinação de queimadas em várias regiões do país, tempo seco e baixa umidade.

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Segundo a meteorologista Andrea Ramos, as queimadas em São Paulo nos últimos dias, somadas à corrente de vento que atravessa o país, contribuíram para a formação dessa massa de ar estável sobre Brasília.

Diante desse cenário, o Inmet emitiu um alerta laranja para o Distrito Federal, indicando que a umidade relativa do ar pode variar entre 12% e 20%, elevando o risco de incêndios florestais e problemas de saúde, como ressecamento da pele e desconforto nos olhos, boca e nariz.

Várias regiões administrativas do DF, como Águas Claras, Vicente Pires, Gama, São Sebastião, Taguatinga, Estrutural e Sobradinho, além de cidades do entorno, registraram a presença da fumaça.

Incêndios no Distrito Federal

Desde o início do ano até o dia 18 de agosto, os bombeiros contabilizaram 4.073 ocorrências de incêndios em vegetação no DF, 24 a mais que no mesmo período do ano passado. O fogo já destruiu 8.893 hectares de área, equivalente a quase 9 mil campos de futebol. As regiões com mais ocorrências em 2024 foram Plano Piloto, Planaltina, Gama, Ceilândia, Sobradinho e Brazlândia.

O Corpo de Bombeiros ressalta que as principais dificuldades no combate ao fogo são a baixa umidade do ar, o calor intenso e os ventos fortes típicos do período de seca. Além disso, a atividade humana é apontada como uma das principais causas dos incêndios florestais na região, devido a práticas como queima de lixo, podas e restos de culturas em propriedades agrícolas, aceiros mal dimensionados e ações criminosas.

Orientações para dias mais secos

  • Evite atividades físicas ao ar livre.
  • Evite exposição ao sol nas horas mais quentes.
  • Use hidratante para a pele e umidifique o ambiente.
  • Em caso de dúvidas, busque orientação junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

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