O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tornou-se alvo de críticas de opositores do governo federal na última semana, sendo apelidado de “Taxad” em memes que se espalharam pelas redes sociais.
A alcunha faz referência aos projetos propostos pelo governo e aprovados pelo Congresso para reduzir o déficit público e reorganizar o sistema de impostos no Brasil, como a reforma tributária e a taxação de compras de até US$ 50 em sites internacionais, como Shein e Shopee.
As críticas se concentram nas tentativas do ministro de equilibrar as contas do governo e atingir a meta fiscal por meio do aumento da arrecadação de impostos, em vez de focar na revisão e corte de gastos.
O apelido “Taxad” ganhou força após a votação da reforma tributária, que pode aumentar as alíquotas sobre produtos e serviços (embora reduza e até zere para outros, como os alimentos da cesta básica).
Quando a reforma entrará em vigor?
Apesar de estar sendo discutida e votada agora, a reforma tributária só entrará em vigor a partir de 2026, sendo implementada gradualmente até 2033. Já a taxação de compras internacionais de até US$ 50 virou lei no fim de junho.
Na quarta-feira (17), o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento e da Indústria, afirmou que a carga tributária do país não aumentou, como sugerem os memes, e que a taxação de compras internacionais ajuda a preservar empregos no Brasil. “Se pegarmos a carga tributária de 2022 para 2023, ela não aumentou, pode até dar uma conferida, acho até que caiu”, afirmou.
Segundo dados do Tesouro Nacional, a carga tributária somou 32,44% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, uma queda de 0,64 ponto percentual em relação a 2022, quando era de 33,07% do PIB.