A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, juntamente com o delegado Rivaldo Barbosa, pelo assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, ocorrido em um ataque em 2018 no centro do Rio de Janeiro, onde também perdeu a vida o motorista Anderson Gomes.
A denúncia foi protocolada no gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e resultou na prisão de Robson Calixto da Fonseca, conhecido como Peixe, ex-assessor de Domingos Brazão, e do policial militar Ronald Alves de Paula, também conhecido como Major Ronald, apontado como ex-líder da milícia da Muzema, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Segundo a PGR, a delação do ex-PM Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos que tiraram a vida de Marielle e Anderson, revelou a participação dos irmãos Brazão no crime, indicando que se encontraram com o atirador. Lessa teria recebido uma proposta de pagamento para realizar os assassinatos.
STF
O Supremo Tribunal Federal agora analisa se aceita a denúncia, o que poderá transformar os acusados em réus em um processo penal. A PGR enfatiza que o crime está relacionado a disputas fundiárias em áreas controladas pela milícia. Além do depoimento de Lessa, as investigações se baseiam em dezenas de testemunhas e em elementos como a triangulação de sinais de celular, entre outros.
