Uma notícia publicada na quarta-feira (3/4) no Diário Oficial do Distrito Federal, trouxe esperança e alívio para as mulheres que enfrentaram a mastectomia como parte de seu tratamento contra o câncer de mama. A Lei 7.489/24, proposta pelo deputado distrital Robério Negreiros (PSD) e sancionada pelo governador Ibaneis Rocha, foi publicada, garantindo o acesso à fisioterapia de reabilitação nas unidades de saúde pública. O objetivo principal é prevenir e reduzir as sequelas físicas e emocionais decorrentes desse procedimento cirúrgico.
A mastectomia, remoção cirúrgica total ou parcial da mama, é um passo muitas vezes necessário no combate ao câncer de mama. Segundo dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), mais de 110 mil mulheres passaram por esse procedimento pelo SUS no Brasil somente na última década.
Legislação Promissora
Durante uma conversa com o Jornal Capital Federal, a Dra. Ana Felix, fisioterapeuta especializada em Oncologia, expressou sua satisfação com essa nova legislação. “É um passo crucial para garantir que essas mulheres tenham acesso à assistência de que precisam não apenas para se recuperarem fisicamente, mas também para reconstruírem suas vidas após uma jornada tão desafiadora”, enfatiza a Dra. Ana.
Ela destaca a importância da individualização do tratamento, adaptando-se às necessidades específicas de cada paciente. “Cada mulher enfrenta desafios únicos após a mastectomia. Nosso papel como fisioterapeutas é oferecer um plano de reabilitação personalizado, levando em consideração não apenas a recuperação física, mas também as questões emocionais e psicológicas que podem surgir”, explica a especialista.
Para Dra. Ana, a fisioterapia não é apenas sobre a restauração da função física, mas também sobre o fortalecimento da autoconfiança e da qualidade de vida das pacientes. “Ao reconhecer e abordar as necessidades físicas e emocionais das mulheres mastectomizadas, podemos ajudá-las não apenas a se recuperarem, mas também a prosperarem após essa experiência desafiadora”, conclui Ana com otimismo.