O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou em uma reunião ministerial nesta segunda-feira (18) a tentativa de golpe de Estado, destacando que o ex-presidente Jair Bolsonaro não aderiu por ser “um covardão” e que comandantes das Forças Armadas também não apoiaram a ação. Segundo Lula, as evidências coletadas pela Polícia Federal (PF) confirmam uma articulação para impedi-lo de assumir.
Durante o encontro no Palácio do Planalto, realizado em meio a uma queda em sua popularidade, Lula enfatizou o papel do governo anterior em estimular o ódio e disseminar mentiras no país. Ele mencionou que agora há mais clareza sobre os eventos de 8 de janeiro, relacionando-os ao que aconteceu em dezembro de 2022.
Quebra de sigilo
Os depoimentos dos ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica, general Freire Gomes e brigadeiro Baptista Jr, respectivamente, foram mencionados após a quebra de sigilo por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Estes documentos revelaram que Bolsonaro abordou os comandantes para discutir o golpe, mas eles se recusaram a participar da ideia. Inclusive, Freire Gomes teria ameaçado Bolsonaro com prisão caso o plano fosse adiante.